Câmara da Capital aprova moção de repúdio a Eduardo Bolsonaro

Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande (MS) aprovaram uma moção de repúdio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo fez críticas à senadora Tereza Cristina (PP) em tom considerado difamatório e ofensivo.

A moção foi apresentada pelo vereador Marquinhos Trad (PTD), ex-prefeito de Campo Grande, e, durante votação em plenário, obteve 21 favoráveis e apenas três contrários, dos parlamentares Ana Portela, André Salineiro e Rafael Tavares, todos do PL, partido de Bolsonaro.

Tereza Cristina foi criticada por Eduardo após conceder entrevista ao jornal O Globo na qual elogiou o diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, dos Estados Unidos. Além disso, ela citou que a direita tem três nomes com viabilidade para concorrer à presidência, caso Bolsonaro não possa disputar o cargo.

“As pesquisas dizem que são três (viáveis): Tarcísio, Ratinho e Michelle (Bolsonaro)”, defendeu Tereza Cristina, que não citou Eduardo Bolsonaro. Contrariado, o filho do ex-presidente rebateu Tereza Cristina em uma rede social de forma agressiva.

"Acho interessante que você diga que as pesquisas colocam o Ratinho Júnior como viável e diga, na mesma entrevista, que eu não sou viável, mesmo que as pesquisas mostrem o inverso oposto", defendeu Eduardo

"Assim, fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal. Longe de mim acusar você de agir apenas visando seus interesses pessoais, afinal, sabemos bem que você é bem capaz de representar interesses pessoais alheios, desde que sejam os interesses dos grandes capitais do país, mas é o que fica parecendo", completou.

"Não deixa de ser inusitado que todo tipo de sujeito que deu grandes saltos na política, graças a minha família, agora se ache no direito de escolher o próximo candidato a presidente da direita", finalizou.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos. O deputado  deixou o Brasil em fevereiro deste ano e solicitou licença de 120 dias, que terminou no dia 20 de julho. Ao não comparecer às sessões da Câmara, o deputado poderá ser cassado por faltas.