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Polícia

Laudo aponta que jogador morto levou tiro e 25 facadas antes de ser esquartejado

Exame necroscópico confirma que Hugo Vinícius Skulny Pedrosa morreu após uma “hemorragia aguda por ação perfuro cortante”

Sexta-feira, 21 Junho de 2024 - 15:44 | Marina Romualdo


Laudo aponta que jogador morto levou tiro e 25 facadas antes de ser esquartejado
Hugo Vinícius Skulny Pedrosa foi morto e esquartejado (Foto: Reprodução/Rede Social)

O jogador, Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos, foi atingido com um tiro e foi esfaqueado 25 vezes antes de ser esquartejado pela ex-namorada, Rúbia Joice de Oliver Luvisetto, o ficante dela, Danilo Alves Vieira da Silva e pelo amigo dela, Cleiton Torres Vobeto, na madrugada do dia 25 de junho, no município de Sete Quedas.

De acordo com o exame necroscópico realizado por três médicos legistas do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de Amambai mostra que o corpo do jogador tinha sinais de 25 facadas, ferimento de arma de fogo e teve uma das costelas quebradas. Por conta dos ferimentos, a vítima teve “hemorragia aguda por ação perfuro cortante”. Sendo assim, foi detalhado pela assistência de acusação que os suspeitos participaram do crime de homicídio e de ocultação de cadáver.

No entanto, houve apenas algumas diferenças de conduta entre um fato e o outro, ou seja, uns com menos e outros com mais intensidade. No qual, Rúbia participou da ocultação de cadáver, tanto que o Ministério Público aditou a denúncia para acrescentar esse crime na acusação. Rúbia foi solta em março, mas voltou à prisão no dia 13 de junho e cumpre pena no Paraná.

A jovem alegou que Hugo Vinícius teria invadido o quarto dela e teria a encontrado com o ficante. Já Danilo, confessou ter matado e esquartejado a vítima. Porém, durante o depoimento alegou que agiu para defender Rúbia. E, em relação ao amigo, Cleiton, está respondendo em liberdade. Porém, o MP denunciou ele também pelo homicídio, o que pode agravar sua situação.

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Rúbia Joice de Oliver Luvisetto e Danilo Alves Vieira da Silva estão presos pelo crime de homicídio  (Foto: Reprodução/Rede Social)

Relembre o caso – Na época, a documentação que o Diário Digital teve acesso expôs que o juiz substituto da Vara Única da Comarca de Sete Quedas, Mateus da Silva Camelier relatou que a conduta do homicídio foi concretamente grave e vulneral a ordem pública, pois, os representantes Rúbia e Danilo, teriam agido friamente ao, em tese, matarem a vítima.

"Conforme as diligências realizadas pela autoridade policial, Rúbia teria atraído a vítima para sua residência, sendo que lá, por circunstâncias ainda não muito esclarecidas, teria agido em conjunto com Danilo e matado Hugo. Depois, novamente, os dois teriam atuado para cobrir as evidências do crime, limpando a cena do crime e transportado o corpo da vítima para uma propriedade rural, com o intuito de que este pudesse ser levado pelo rio", diz um trecho da documentação.

Além disso, é informado quando foi notificado sobre o desaparecimento da vítima e Rúbia prestou depoimento, no qual, mentiu que não teria conversado com o ex-namorado. “Quando noticiado o desaparecimento da vítima, enquanto toda a população setequedense se empenhava em busca de informações sobre o paradeiro de Hugo, a representada Rúbia prestava informações para a autoridade policial que sabia não serem verdadeiras, pois, enquanto negava ter conversado com Hugo naquele dia, um sistema de vigilância indicava que o carro dela estava próximo ao último local em que Hugo teria sido avistado. Já o representado Danilo, após jogar o corpo da vítima em um rio, teria retornado ao lugar e, ao perceber que ele estava visível, tirado-o da água e cortado-o em várias partes", continua a documentação.

Segundo as informações policiais, Hugo e Rúbia são ex-namorados. Na data, os jovens estavam na mesma festa que ocorreu no sábado, dia 24 de junho de 2023, em um posto de combustível na cidade de Pindoty Porã, no Paraguai. Em seguida, a vítima fatal foi até a casa da suspeita e teria sido morta por Danilo, que estava no imóvel.

Após o crime, o corpo do jogador de futebol foi levado para até o rio Iguatemi, que fica próximo ao sítio La Pacho. No local, Hugo foi esquartejado com uma serra elétrica e teve os restos mortais jogados no rio.

Vale destacar a equipe policial conseguiu analisar a cumplicidade dos envolvidos no crime e que as partes do corpo foram fracionadas para tornar extrema dificuldade a localização. No entanto, os policiais encontraram no domingo, 2 de julho, partes do corpo jogadas no rio e, que foram identificadas como sendo a vítima por meio de uma tatuagem em homenagem ao pai. Já na segunda-feira, 3 de julho, a parte da cabeça também foi localizada. O caso que havia sido registrado como desaparecimento de pessoa, foi alterado para homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
 

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