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Temer se apresentará à Justiça hoje

Quinta-feira, 09 Maio de 2019 - 07:50 | Redação


O ex-presidente Michel Temer deverá se entregar espontaneamente à Justiça hoje. A decisão foi determinada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que estabeleceu que ele e o coronel João Baptista Lima Filho sejam presos novamente. A ordem deverá ser recorrida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo advogado do ex-presidente, Eduardo Pizarro Carnelós. Caberá à juíza federal substituta da 7ª Vara Federal Criminal, Caroline Figueiredo, que substitui o juiz Marcelo Bretas, que se encontra de férias, a decisão referente ao local que Temer e o coronel João Baptista Lima Filho ficarão.

A prisão foi definida por dois votos a um, em julgamento ocorrido ontem (08) na 1ª turma do TRF-2. Ambos foram presos no dia 21 de março, durante a Operação Descontaminação, por ordem do juiz Marcelo Bretas e foram liberados no dia 25 do mesmo mês, por decisão liminar (provisória) do desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2. A acusação deles eram pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação é referente às obras da usina nuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear, teriam sido registrados desvios de R$ 1,8 bilhão.

No julgamento de ontem, o relator Athié votou pela manutenção de liberdade dos dois. No entanto, o desembargador Abel Gomes que é o presidente da turma, votou pela prisão de Temer e coronel João Baptista Lima Filho.

O ex-presidente afirmou na noite de ontem aos jornalistas, que estavam em frente à residência dele, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, que irá se apresentar regularmente e que não terá nenhum problema com isso. O ex- presidente afirmou também que recebeu vários telefonemas de amigos que demonstraram surpresa com a decisão do TRF-2.

O advogado Eduardo Carnelós confirmou que seu cliente se apresentará à Justiça. "O mínimo que podemos esperar é que Temer não seja submetido à humilhação", disse Carnelós. O advogado falou ainda que só pode lamentar a decisão do TRF-2, embora a respeite. "Considero uma injustiça, que não há fundamento. É uma história triste do Judiciário brasileiro", declarou. Em relação ao ex-ministro Wellington Moreira Franco, que também foi preso em março, os desembargadores decidiram mantê-lo em liberdade.

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