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Orquestra Indígena Terena Teko Arandú celebra 12 anos com concertos

Grupo formado por indígenas terena e estudantes da rede pública completa 12 anos levando música, inclusão e esperança a jovens de Anastácio e Aquidauana

Sexta-feira, 12 Setembro de 2025 - 18:39 | Welyson Lucas


Orquestra Indígena Terena Teko Arandú celebra 12 anos com concertos
(Foto: Divulgação)

A primeira Orquestra Indígena Terena do Brasil, Teko Arandú, completa 12 anos em 2025 e marca a data com apresentações no II Encontro de Bandas e Fanfarras Indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul – Nzopúne, neste sábado (13), em Miranda, e no II Festival Balaio Cultural, em Anastácio, no dia 11 de outubro.

Criada em 2013 pelo Instituto RessoArte, a orquestra oferece ensino gratuito de música instrumental (cordas, sopro e percussão) a indígenas da etnia terena e estudantes da rede pública de Anastácio e Aquidauana. Hoje, reúne cerca de 60 participantes, entre crianças e jovens de 10 a 25 anos. O projeto conta com apoio da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, da Fundação de Cultura de MS e do Governo do Estado, por meio da Semadesc e do Fundo de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados (Funles).

O maestro e coordenador musical, Vitor Junior Pacheco, relembra o início da iniciativa, que surgiu como fanfarra. “Começamos com instrumentos usados, desgastados, e fazíamos festivais de pastel e pizza para arrecadar recursos. Hoje estamos em outro patamar: temos instrumentos de primeira linha e uma equipe que trabalha com editais”, afirma.

Orquestra Indígena Terena Teko Arandú celebra 12 anos com concertos
(Foto: Divulgação)

Mais de 500 alunos já passaram pela orquestra nesses 12 anos. Entre eles está Kelly Cristina Leite da Silva, que iniciou como aluna ainda criança, aprendeu diversos instrumentos e hoje atua como monitora. “A música curou minha alma. O mais importante para mim são os meus alunos, que me motivam a ser uma pessoa melhor”, relata.

Além de ensinar teoria e prática musical, a Teko Arandú busca desenvolver valores como disciplina, respeito e convivência. “Não é só sobre tocar um instrumento. É sobre autoestima, superação e esperança. A música se torna uma ponte para um futuro melhor”, destaca o maestro.

Ao longo da trajetória, a orquestra já realizou dezenas de apresentações em Mato Grosso do Sul e também e ao nível nacional, incluindo participação em programas de TV. Em 2025, já foram sete espetáculos no Estado, com previsão de mais cinco até o fim do ano.

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