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Polícia

22 anos após crimes, major acusado de extorsão e sequestro é excluído da PMMS

Ex-militar é acusado de participar de caso de sequestro e extorsão no ano 2000

Quarta-feira, 11 Maio de 2022 - 11:43 | victoria oliveira


22 anos após crimes, major acusado de extorsão e sequestro é excluído da PMMS
(Foto: Marco Miatelo/Arquivo DD)

Major Marmo Marcelino Vieira de Arruda, suspeito de participar de caso de sequestro e extorsão no ano 2000, é excluído das fileiras da corporação da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (PMMS). A decisão foi publicada nesta quarta-feira (11) no Diário Oficial do Estado (DOE) e assinada pelo governador Reinaldo Azambuja.

Conforme a publicação, o major perde o posto e patente, além da consequente exclusão das fileiras da corporação
da Polícia Militar do Estado, sem repercussão em seus proventos da inatividade. De acordo com o Portal da Transparência, o acusado recebe cerca de R$ 27 mil mensais.

O ex-militar é acusado de participar do sequestro e extorsão de Jean Jorge Ocampos e Mário Márcio de Oliveira durante fiscalização em Rio Verde de Mato Grosso, município a 205 quilômetros de Campo Grande. O crime ocorreu em janeiro do ano 2000. A dupla estava em caminhonete roubada em Campinas e foi trazida para Capital, onde foi mantida presa por grupo de policias militares.

São acusados pelos crimes Paulo Siqueira Barbosa, Carlos Alberto de Souza e Carlos Alberto dos Santos, além do cabo Manoel João de Figueiredo. Os militares mantiveram os dois homens presos, onde tentaram descobrir restante da quadrilha, e pediram cerca de R$ 25 mil para liberarem a dupla.

O comandante do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) da época, Sebastião Otímio, que também foi exonerado, também é acusado do caso. Conforme a denúncia, ele sabia do sequestro dos suspeitos.

Relembre o caso - Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Jean Jorge Ocampos e Mário Márcio de Oliveira Jara foram parados em fiscalização da PM em Rio Verde do Mato Grosso, na estrada conhecida como “Transpantaneira”, no dia 30 de janeiro de 2000. A dupla estava em caminhonete roubada em Campinas, no estado de São Paulo.

Os policiais Paulo Siqueira Barbosa, Carlos Alberto de Souza e Carlos Alberto dos Santos Batistote participavam da blitz. A dupla foi trazida para Capital, mas, não foram detidos. Os militares contataram o cabo Manoel João de Figueiredo, vulgo "Márcio", que teria pressionado Jean a entregar os comparsas.

O grupo exigiu R$ 25 mil a quadrilha para liberar os dois homens. Ficou acertado o parcelamento do valor, sendo repassada primeira parcela de R$ 5 mil em Corumbá, em 31 de janeiro de 2021. Antes de seguir viagem, Jean relatou que os PMs se encontraram no caminho com o comandante do DOF, Sebastião.

A denúncia do MPE informa, ainda, que os suspeitos foram liberados após pagamento da parcela. Ainda, realizaram acordo com quadrilheiros e arrastadores de veículos, no valor de U$ 2.000,00, para que o veículo fosse levado até a Bolívia.

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