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LinkedIn passa a permitir anúncio de vagas com políticas afirmativas
Decisão vem após questionamento do Procon e do MPF
Quarta-feira, 30 Março de 2022 - 18:54 | Isabela Duarte

Após receber questionamentos do Procon de São Paulo e do Ministério Público Federal (MPF), a plataforma LinkedIn mudou a política que não permitia anúncio de vagas de emprego com políticas afirmativas.
“No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas”, diz o comunicado da rede social que tem como foco o mercado de trabalho, com perfis de profissionais, empresas e divulgação de oportunidades.
A plataforma havia excluído um anúncio de uma vaga de emprego, feito pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut), em que seria dada preferência a candidatos negros e indígenas.
Na ocasião, o LinkedIn disse, pelo Twitter, que as ofertas não deveriam especificar “preferências ou requisitos relacionados a características individuais, como idade, sexo, religião, etnia, raça ou orientação sexual”.
O MPF considerou que a medida contrariava os esforços para inclusão de grupos que sofreram violências históricas no Brasil.
“No âmbito público, é obrigação constitucional do Estado promover as ações afirmativas, como as cotas nas universidades públicas. Já no setor privado, não há obrigatoriedade, mas é cada vez maior o número de empresas que adotam medidas inclusivas”, disse a procuradoria em nota divulgada na semana passada.
Novo posicionamento - em nova manifestação, a plataforma anunciou ter mudado o posicionamento sobre o tema.
“Atualizamos nossa política global de anúncios de vagas para permitir a divulgação de publicações que expressem preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos na contratação em países onde esta prática é considerada legal”, diz a nota do LinkedIn.
A rede social reconheceu que a mudança foi motivada pelos questionamentos recebidos de órgãos públicos e dos usuários brasileiros.
"No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas. Agradecemos o feedback que recebemos da nossa comunidade no Brasil. Fazer a coisa certa é importante e estamos comprometidos em continuar aprendendo e melhorando”, acrescenta o comunicado.
Empresas apoiam a mudança - empresas e diversos usuários se mostraram satisfeitos com a mudança de posicionamento do LinkedIn.
Em um posicionamento conjunto, o varejista Magazine Luiza, o Nu Bank e a plataforma de entrega de refeições Ifood celebraram a nova política.
As três empresas aproveitaram a oportunidade para afirmar que têm compromisso em aumentar a inclusão no mercado de trabalho brasileiro.
(Com informações de Agência Brasil)
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