Geral
Fundação Manoel de Barros celebra Dia do Psicólogo
Entre memórias, afeto e escuta, Psicologia é parte fundamental nas atividades da entidade
Quarta-feira, 27 Agosto de 2025 - 19:06 | Redação

Nesta quarta-feira (27 de agosto), data em que se celebra o Dia do Psicólogo, a Fundação Manoel de Barros destaca a importância do profissional da Psicologia e a relevância das ações de Psicologia para seus usuários. Pelo projeto Ativa Idade, a organização atende cerca de 120 pessoas idosas e pelo projeto Jovem em Ação 40 jovens, apostando no apoio emocional como parte fundamental no cuidado.
“A Ciência da Psicologia está muito presente na Fundação, tanto com jovens quanto com as pessoas idosas. Parafraseando Manoel de Barros, as ações de Psicologia ajudam nossos usuários a ´voarem fora das asas´. Manoel falava ´Poesia é voar fora da asa´ e nós precisamos voar fora da asa e, às vezes, fazer com que esse ´passarinho´ que chegou aqui com a asa quebrada, com o coração partido, saiba voar fora da asa; pra ele realmente atingir o seu objetivo”, destaca Marcos Henrique Marques, diretor da FMB.
Com uma equipe multidisciplinar, a organização conta com o olhar acolhedor e a escuta ativa da psicóloga Laura Sodré: “Na Fundação acompanho diariamente os jovens do projeto Jovem em Ação e as pessoas idosas do Ativa Idade. Realizo atendimento psicológico individualizado diante de demandas que surgem dos usuários e, também desenvolvemos com os idosos a atividade ´Memórias Afetivas´ com a psicóloga Irma Macário e, a ´Estimulação Cognitiva´, com o curso de Psicologia da Uniderp”.
O abraço da escuta e da partilha: ´Memórias Afetivas´ promove diálogo e novas formas de ressignificar a vida - O diretor da FMB revela que uma das principais dores dos usuários jovens e idosos é o abandono pela idade: “Às vezes a sociedade reduz o jovem e a pessoa idosa involuntariamente. O jovem, muitas vezes não recebe apoio, não é incentivado, não tem oportunidades. Já a pessoa idosa vem com uma necessidade de renascer, de redescobrir o seu caminho. Qual a minha identidade, quem eu sou? Então a Psicologia auxilia nessa questão do autoconhecimento. E um fator que venho observando é que hoje as pessoas têm muita necessidade de falar e pouca habilidade para ouvir. Às vezes a pessoa não é ouvida em casa, não é ouvida lá fora e, quando chega aqui, ela quer falar”.
No ´Memórias Afetivas´ as pessoas idosas tem a oportunidade de falar, serem ouvidas, trocar e compartilhar. O grupo é coordenado pela psicóloga Irma Macário, que aos 71 anos compartilha toda a sua experiência de mais de 40 anos de atuação na área: “É uma atividade muito mais terapêutica, um grupo no qual trabalhamos as nossas memórias e que memórias são essas que a gente ainda mantém vivas. No último encontro trabalhamos a questão do luto. Sempre iniciamos com um samba, uma música. No último encontro começamos com Arlindo Cruz e falamos das nossas perdas, quais são os lutos que a gente tem? Nossos lutos não são só o da perda de uma pessoa, mas o luto da perda do nosso corpo, do nosso próprio envelhecimento. Então a gente tem que descobrir: como posso trabalhar esse luto do próprio envelhecimento e o que posso fazer pra garantir uma vida saudável e feliz”.
Aos 83 anos, a participante Maria da Conceição conta que o projeto lhe ajudou a se manter viva após a morte do esposo e o período da pandemia. Para ela, o ´Memórias Afetivas´ é um momento gostoso que lhe faz bem: “A gente relembra muita coisa. A vida da gente, pra mim, é uma eterna saudade, saudade dos que nós fomos perdendo durante a caminhada e relembrar faz bem”.
Sandra Leal, de 74 anos, participa das aulas de coral, teatro, inclusão digital e do Memórias Afetivas. Para ela, os encontros oferecem reflexões importantes, como no tema do luto, além de possibilitar a troca de experiências e histórias de vida. Após a perda de uma filha, encontrou acolhimento no projeto: “Aqui, foi assim, um acolhimento, uma sobrevida, quando estou aqui, estou muito feliz. Às vezes, quando estou no ônibus e vejo uma senhora, tenho vontade de perguntar: quantos anos a senhora tem? Tem mais de 55 anos? Vai na Fundação, lá é tão bom!”.
Entre lembranças e novos sonhos: oficina ´Estimulação Cognitiva´ fortalece a mente e a identidade - Em parceria com o curso de Psicologia da Uniderp, o Ativa Idade também oferece a oficina ´Estimulação Cognitiva´, com a supervisão da psicóloga e professora Maria Lúcia Kroll e o olhar sensível dos acadêmicos do sexto ao décimo semestre. A professora explica que a estimulação cognitiva é muito importante no envelhecimento pois nessa fase da vida há uma queda acentuada das funções mentais superiores: a atenção, a memória, a percepção e a linguagem.
“Uma das principais observações e, até reclamações dos idosos, é justamente essa, de perda da memória mais recente, que é aquela memória de curto prazo: lembrar de uma data importante, de uma consulta médica, nomes. Então, o objetivo do projeto é levar atividades de estimulação cognitiva, estimulação da percepção, da linguagem, da memória; poder auxiliar esses idosos a terem a prática diária da estimulação cognitiva, não só ali na Fundação, mas no dia a dia. Assim como se pratica a atividade física, se praticar também a extensão da memória”, diz a professora.
Nos encontros os idosos são estimulados a ler, produzirem poesias e praticarem exercícios. “Para além do estímulo da oficina, tem um trabalho importante que é a inclusão do idoso no ambiente social, a identidade do idoso que é resgatada no projeto; quando ele traz a sua história e compartilha, quando ele constrói amizades na Fundação, tudo isso é um estímulo enorme na proteção contra depressão e transtornos neurodegenerativos no envelhecimento. E, em paralelo a oficina, trabalhamos também o projeto de vida: sonhos, projetos e desejos que eles não realizaram e que são possíveis de serem realizados”, detalha.
A psicóloga da FMB Laura realça que as ações de Psicologia voltadas ao Ativa Idade fortalecem o vínculo familiar das pessoas idosas, promovem a interação e socialização entre os usuários e estimulam o sentimento de pertencimento, contribuindo para a redução da solidão, ansiedade e depressão. “Atuar com a pessoa idosa é maravilhoso, é uma troca, aprendemos muito com eles nessa fase da vida em que estão, que é a maturidade, uma fase de tranquilidade, de ver a vida com um olhar mais calmo”, finaliza. Celebramos os profissionais da Psicologia e a importância dessa profissão na vida de todos nós!
Mais informações em www.fmb.org.br/, pelos telefones (67) 98166-0166 e (67) 98143-5679 e, pelas redes sociais; Facebook e Instagram.
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