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"Carandiru", problema que se alastra há 18 anos

Venda de residências abaixo do preço, fezes humanas espalhadas pelas calçadas, usuários de drogas, alguns do problemas enfrentados pelos moradores da Mata do Jacinto ao lado do Carandiru

Terça-feira, 19 Dezembro de 2023 - 10:00 | Thays Schneider e Keyla Santos


"Carandiru", problema que se alastra há 18 anos
Morador em situação de rua queimando fios furtados (Foto Luciano Muta)

Cansados de esperar uma solução dos órgãos públicos, moradores do Bairro Mata do Jacinto deram inciou a um abaixo-assinado para retirar a população que mora no condomínio residencial Atenas, localizado na Rua Jamil Basmage, Bairro Mata do Jacinto, conhecido como “Carandiru”.

Em junho a reportagem do Diário Digital acompanhou de perto a Operação Abre-te Sésamo", para cumprimento de mais de 40 mandados de busca e apreensão de produtos de furto, armas ilegais de fogo e até drogas dentro do residencial.

Nesta terça-feira 19 de dezembro, quatro meses depois da operação a reportagem voltou ao Bairro Mata do Jacinto, moradores reclamam da invasão de usuários  de drogas, furto de fios e roubo a  residências. Aposentada de 79 anos, que preferiu não se identificar revela que as placas de vende-se tomaram conta do bairro. " Ninguém quer mais morar aqui desvalorizou, é um furto atrás do outro, eles vendem os fios e já voltam comprar entorpecentes", disse.

Problema que se alastra há 18 anos
Aposentada teme represália  de usuários de drogas da região (Foto Luciano Muta)

Comerciante de 43 anos, que teve a identidade preservada também afirma que o maior problema são os usuários de drogas. " Além dos crimes de furto e roubo, eles defecam em frente as casas, comércios e igreja, é um sujeira. Nosso bairro está esquecido", pontuou.

Problema que se alastra há 18 anos
Parte do fio cortada pelos criminosos (Foto Luciano Muta)


Uma outra moradora da região afirma que a prefeitura havia dito que até outubro retiraria os moradores do condomínio e colocaria em um novo local com segurança e com condições digna de moradia. " Já estamos em dezembro e nada foi feito, andar e morar na região se tornou perigoso, decidimos unir forças entre a vizinha e realizar um abaixo-assinado", finalizou.

Ainda em julho a reportagem foi até o residencial ouvir os moradores, apartamentos inacabados, sem rede de anergia elétrica e sem água encanada famílias sobrevivem de “Gambiarras”. Moradores afirmaram não terem para onde ir. 

 

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