MS avança na ciência e na formação de pesquisadores com investimentos

O ano de 2025 marca a consolidação da política de fomento à ciência e à formação de pesquisadores em Mato Grosso do Sul. Sob a coordenação da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e do Governo do Estado, o setor alcança níveis recordes de investimento e resultados expressivos na produção científica e na qualificação de recursos humanos.

Em 2024, foram aplicados R$ 74 milhões em projetos de pesquisa, bolsas e programas estratégicos, beneficiando mais de 400 iniciativas em diversas áreas do conhecimento. Para 2025, a previsão orçamentária foi ampliada para R$ 78 milhões, com a meta de expandir o número de pesquisadores e instituições atendidas.

“Com a ampliação dos investimentos e a criação de novos instrumentos de incentivo, a Fundect reafirma seu papel estratégico no desenvolvimento da ciência e na formação de recursos humanos qualificados, fundamentais para o crescimento sustentável e inovador do Estado”, explica Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect.

Incentivos pioneiros e parcerias estratégicas

Entre as inovações que impulsionaram o avanço da ciência sul-mato-grossense, destaca-se a criação da Bolsa de Produtividade Estadual, iniciativa inédita entre as fundações de amparo à pesquisa do país. Desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a ação contemplou 70 pesquisadores aprovados na chamada nacional, mas não beneficiados com recursos federais por limitação orçamentária.

Com duração de até 36 meses, as bolsas incluem taxa de bancada para custeio e capital, com valores equivalentes aos do CNPq, garantindo continuidade às pesquisas e reconhecimento aos cientistas locais.

Outra frente de destaque é o Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG), executado em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O convênio investe R$ 16,8 milhões em quatro grandes projetos coordenados pelas universidades públicas do Estado — UFMS, UFGD, UEMS e UCDB —, com foco em bioeconomia, biotecnologia e biodiversidade, áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável da região Centro-Oeste.

Formação contínua e alcance social

As ações da Fundect também se estendem à formação de novos talentos científicos, por meio de programas como o PIBIC-Fundect e o PICTEC, que introduzem estudantes da educação básica e superior ao ambiente da pesquisa. Apenas em 2025, foram mantidas mais de 2.300 bolsas mensais ativas nos níveis de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, resultando em mais de 4.500 produtos acadêmicos, entre dissertações, teses e relatórios técnicos.

Com a diversificação de editais e o fortalecimento de parcerias nacionais e internacionais, Mato Grosso do Sul consolidou a Fundect como uma das fundações de amparo à pesquisa mais dinâmicas do país, elevando o padrão de qualidade e a visibilidade da produção científica regional.

Depoimentos e impacto

O professor e pesquisador Além-Mar Bernardes Gonçalves, do curso de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), destaca que o apoio da Fundect tem sido determinante para o fortalecimento da pesquisa e da inovação no Estado.

“É perceptível o grande investimento que temos recebido do Governo do Estado, principalmente mediado pela Fundect. A Fundação tem sido pioneira em várias ações e exemplo para outras regiões do País. Fui contemplado pela Bolsa de Produtividade Estadual, que valorizou pesquisadores não atendidos pelo CNPq, e isso mostra a visão do governo em acreditar na nossa ciência. O apoio da Fundect tem sido fundamental para que Mato Grosso do Sul desenvolva soluções sustentáveis e se torne competitivo no cenário nacional e internacional”, afirma o docente.

A continuidade e a segurança das políticas de fomento, mesmo em períodos de retração nacional, reforçam o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento científico e tecnológico sustentável, garantindo que Mato Grosso do Sul siga como referência em inovação e formação de pesquisadores no Brasil.