• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Acordo alivia Pronto Atendimento do HU na Capital

Quarta-feira, 05 Junho de 2019 - 14:30 | Redação


Um acordo firmado com a  Secretaria Municipal de Saúde Pública, a Sesau, garantiu alívio ao Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital Universitário Maria  Aparecida  Pedrossian de Campo Grande, antes sobrecarregado de pacientes. O entendimento  também possibilitará ao estabelecimento priorizar cirurgias eletivas e ainda criar a Linha do AVC.

Pelo acordo, a regulação feita pelo município não encaminhará para o HU mais pacientes do que a capacidade do PAM, que é de 18 pessoas, sendo sete na área vermelha, oito área amarela e três área verde. A mudança já reflete nos números do hospital. Em 2018, o atendimento de porta de entrada era de 750 pessoas, neste ano caiu para 650 pacientes.

A médica e chefe da Divisão de Gestão do Cuidado, Cláudia Lang explicou que por uma orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), os recursos do adicional de plantão hospitalar foram restringidos e houve uma necessidade de negociação com o gestor.

“A proposta com a secretaria de Saúde era respeitar a capacidade instalada, e em contrapartida implantaríamos a linha da AVC e daríamos prioridade para aumentar o número de cirurgias eletivas. O que acontecia era que existia uma fila eletiva gigantesca no hospital de pacientes que não estavam em estado graves, mas precisam fazer a cirurgia, mas os leitos eram usados para aqueles que estavam em emergência”, disse Claudia.

O professor e superintendente do HU Claudio Cesar Silva diz que desde a existência do hospital ele já sofria com a superlotação, pois era um dos únicos prontos-socorros da cidade. O médico reconhece que as saídas que o hospital teria depois dessa determinação do tribunal era diminuir leitos ou deixar o hospital de porte médio para porte pequeno, trazendo prejuízo para a cidade e para a universidade que preza pelo ensino.

“O hospital abriu mão de 400.000,00 mil reais para conseguir essa transformação. Mas isso só foi possível porque há mais o menos um ano conseguimos um equilíbrio econômico e começamos investir em melhorias no hospital. Atualmente temos condições de investir em equipamentos novos e de fazer reformas com o dinheiro do hospital. Isso é um orgulho para nós porque na crise em que vivemos hoje isso seria impossível”,  disse o superintendente.

Claudio afirma que foi esse equilíbrio que deu possibilidade para uma possível negociação e tentar fazer algo inovador, pois o contrato que eles têm hoje é o mesmo de cinco anos atrás.

Hoje o hospital ainda tem 228 leitos, sendo 202 leitos no hospital e 26 leitos no Pronto Atendimento Médico, mas dez leitos de doenças infectuosas foram ampliados para melhor atender os pacientes com HIV, além da criação da primeira linha em hospital público de AVC, com uma equipe preparada para cuidado com as vítimas de AVC. A área amarela, a verde e a vermelha passaram por reforma e cada paciente é atendido na sua área.

O atendimento de cirurgias eletivas foi priorizado, o superintendente Claudio diz que antes 80% das cirurgias realizadas no HU era emergências e urgências, com quase trinta dias da nova sistemática do trabalho, o paciente do Hospital Universitário tem o atendimento mais breve com condições melhores. Hoje, 80% das cirurgias são eletivas e 20% urgência e emergência.

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