PMs que agrediram jornalista serão transferidos de Nova Andradina

Os quatros policiais militares que perseguiram e agrediram o jornalista Sandro de Almeida Araújo, de 26 anos, de Nova Andradina (MS) serão transferidos para Campo Grande (MS). Câmeras de segurança flagraram o momento das agressões que ocorreu na última sexta-feira (02).

De acordo com as informações, a vítima estava em uma via pública quando percebeu que estava sendo perseguida por dois veículos. Nas imagens, é possível notar que o jornalista desce do carro e já é surpreendido pelos policiais que estavam à paisana.

Nas gravações, os homens tentam imobilizar Sandro e, em seguida, tentam abrir o carro do mesmo. No boletim de ocorrência, a vítima relata que foi imobilizado com um mata-leão e foi agredido com socos.

A justificava dos policiais foram que eles estariam procurando fogos de artifício e faixas, pois, Sandro teria usado para comemorar a transferência do comandante da Polícia Militar, porém, a vítima nega o fato.

Em nota, a Polícia Militar informou ao Diário Digital que tomando as medidas necessárias para elucidar os fatos ocorridos. "Será instaurado procedimento administrativo para apurar as circunstâncias, bem como, a conduta dos Policiais Militares envolvidos nessa ocorrência".

"A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul é formada por mulheres e homens que diariamente servem a sociedade sul-mato-grossense mesmo com o risco da própria vida e, em respeito a esses policiais militares e a toda comunidade atendida pela Corporação, o Comando da PMMS, reafirmando o compromisso da instituição com o fiel cumprimento das leis tem total interesse em elucidar as circunstâncias do fato citado. Ademais, a PMMS é uma instituição que preza e promove o Estado Democrático de Direito o qual se solidifica, também,  pelo livre trabalho da imprensa, segmento que atua em harmonia com a Corporação, inclusive, incentivando o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar. Quanto à situação dos militares, eles seguirão trabalhando normalmente, mas devem ser transferidos para outras localidades, possivelmente para Campo Grande, de modo a seguirem trabalhando sem que possa haver qualquer tipo de situação que pudesse interferir nas investigações sobre o fato", diz o comunicado.

Veja o vídeo: 

(Vídeo: Reprodução)