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Polícia

Piloto de aeronave que matou 4 pessoas em Aquidauana, não tinha autorização para voar, segundo Anac

Marcelo Barros já havia sido alvo em 2019 da Operação Ícaro – fase Iuris, que mirava fraudes de estelionato

Quarta-feira, 24 Setembro de 2025 - 08:12 | Thays Schneider


Piloto de aeronave que matou 4 pessoas em Aquidauana, não tinha autorização para voar, segundo Anac
Piloto Marcelo Pereira Barros, que estava a bordo da aeronave Cessna Aircraft 175, com prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, não tinha autorização para realizar táxi aéreo (Foto Divulgação)

Piloto Marcelo Pereira Barros, que estava a bordo da aeronave Cessna Aircraft 175, com prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, não tinha autorização para realizar táxi aéreo, conforme apurado Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Marcelo Pereira era o proprietário da aeronave que caiu na região da Fazenda Barra Mansa, no Pantanal sul-mato-grossense, em Aquidauana, cidade distante  141 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem do Diário Digital, em 2019 Marcelo Barros foi alvo da Operação Ícaro fase Iuris, que tinha como foco a repressão qualificada de estelionatos, falsidade ideológica, falsificação de documento público e particular, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cometidos através de táxi aéreo clandestino.
A Operação deflagrada em Aquidauana e que mirou também atentado à segurança de voo, comercialização ilegal de combustível aeronáutico, enriquecimento ilícito por meio de crimes contra a ordem tributária e crimes ambientais, resultou nas apreensões de quatro aeronaves que estavam sendo utilizadas como táxi aéreo clandestino.

As aeronaves apreendidas no Aeroclube de Aquidauana, foram submetidas a exames periciais que comprovaram que estavam em desacordo com as normativas voltadas às operações aéreas seguras. Os aviões apresentavam plaquetas de identificação voltadas a rastreabilidade com indícios de adulteração e estavam operando com certificado de aeronavegabilidade cancelados, o que acabou culminaram em interdições e autos de infrações lavrados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Foi constatado ainda durante a Operação Ícaro fase Iuris, o comércio e depósito de combustível aeronáutico, sem autorização e em desacordo com as exigências legais e regulamentares, motivo pelo presidente do Aeroclube foi autuado em flagrante pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. Após pagamento de fiança, ele foi liberado para responder às acusações em liberdade.

A Operação Ícaro fase Iuris foi coordenada pela Deco e contou com as participações da Coordenadoria Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul, da Delegacia Regional da Polícia Civil de Aquidauana e da 1ª DP, Agência Nacional de Aviação Civil, por meio da Superintendência de Ação Fiscal.

 

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