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Polícia

Perícia usa várias técnicas de identificação em vítimas de acidente aéreo

Em apenas um dos corpos foi possível a análise necropapiloscópica, identificação por meio das impressões digitais

Quinta-feira, 25 Setembro de 2025 - 15:01 | Redação


Perícia usa várias técnicas de identificação em vítimas de acidente aéreo
(Fotos: Montagem/Internet)

Os corpos das quatro vítimas do acidente aéreo fatal ocorrido em área rural de Aquidauana (MS) na terça-feira passada, 23 de Setembro, passarão por diferentes técnicas de identificação, segundo Secretaria de Justiça e Segurança Pública de MS, a Sejusp. Porém, não foi informada data para laudos conclusivos.

No acidente de grande repercussão morreram Marcelo Pereira de Barros, 59 anos – piloto e proprietário da aeronave; o arquiteto chinês Kongjian Yu, 62 anos; Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, 42 anos; Rubens Crispim Jr., 51 anos.

"Os corpos das quatro vítimas foram encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana para os exames de necropsia e identificação. Em respeito aos familiares, o corpo do arquiteto chinês Kongjian Yu aguarda autorização familiar para a realização do exame necroscópico", informa a Sejusp em nota.

Kongjian Yu, aliás, era considerado um dos mais influentes arquitetos e urbanistas da atualidade e criador do conceito das chamadas cidades-esponja, em que se utiliza da própria natureza para tornar os aglomerados urbanos mais resilientes às condições climáticas severas.

Impressões digitais - Nos demais casos, foram coletadas amostras destinadas a diferentes técnicas de identificação, incluindo confronto com registros médicos. Em um dos corpos foi possível obter material em condições de análise necropapiloscópica, que consiste na identificação por meio das impressões digitais, atualmente em processamento.

Paralelamente, amostras biológicas de todas as vítimas passarão por exame de DNA, procedimento que envolve etapas laboratoriais complexas e demanda mais tempo até a conclusão. A polícia precisa fazer a individualização das vítimas antes de entregar às famílias.

“Todos os métodos científicos disponíveis estão sendo aplicados pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, reforçando o compromisso de oferecer respostas técnicas seguras e, dentro do tempo possível, viabilizar a entrega dos corpos às famílias enlutadas.”

Perícia usa técnicas variadas de identificação
Aeronave Cessna Aircraft 175, com prefixo PT-BAN não tinha autorização para realizar táxi aéreo (Foto: PCMS/Divulgação)

Cenipa - As investigações que poderão esclarecer o acidente serão aprofundadas com a chegada da equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que chegou a Aquidauana nesta quinta-feira, dia 25.

Porém, ao longo da quarta-feira, policiais do Dracco já colheram depoimento de testemunhas o que permitiu compreender preliminarmente a dinâmica do acidente. Os depoimentos continuam sendo tomados.

Segundo essas testemunhas e os primeiros relatos técnicos, o piloto pode ter tentado uma arremetida — manobra de segurança para abortar o pouso —, mas a aeronave perdeu altitude e colidiu com o solo, provocando uma explosão.

Porém, ainda não há confirmações oficiais sobre o que, de fato, provocou a queda. As investigações seguem em andamento. A área de difícil acesso exigiu esforço das equipes do Corpo de Bombeiros de Aquidauana e da Dracco que chegaram ao local durante a madrugada.

Uma informação já levantada pela polícia é que o piloto Marcelo Pereira Barros, que estava a bordo da aeronave Cessna Aircraft 175, com prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, não tinha autorização para realizar táxi aéreo, conforme apurado Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

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