OAB-MS cobra punição por estupro em hospital

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), vai acompanhar as apurações da denúncia estupro de paciente no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande (MS). A suposta vítima e a mãe acionaram a entidade que decidiu acompanhar as investigações.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos já foi destacada para trabalhar no assunto. O primeiro passo é levantar todas as providências já tomadas até aqui. Para a OAB, a denúncia aponta para grave violação dos direitos humanos que precisa ser apurada e punida.

“Temos o dever de apurar o caso do início ao fim (...) Temos que dar o exemplo e punir os profissionais que não são éticos. Até porque não podemos permitir que profissionais corretos tenham sua imagem denegrida”, informou Christopher Pinho Ferro Scapinelli, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, da OAB-MS.

A Comissão vai encaminhar ofícios para órgãos como Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria Estadual de Saúde (SES), prefeitura de Campo Grande e Conselho de Enfermagem (Coren) nos quais pedirá abertura de processo para apurar os fatos relatados pela paciente.

A violência sexual teria ocorrido no dia 4 de Fevereiro. A vítima, uma mulher de 36 anos, estava internada no HR, em tratamento da Covid-19. Ela afirma que enfermeiro teria passado a mão em seu corpo e partes íntimas.

Na semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) se manifestou a respeito da investigação da Polícia Civil e informou que o enfermeiro suspeito foi transferido de setor.

A polícia solicitou ao Regional, imagens das câmeras de segurança e a escala dos servidores de plantão. Servidores do corpo de enfermagem de plantão na data do fato começaram a ser ouvidos pela polícia.

Ao deixar o hospital, a mãe da paciente disse que a filha ainda estava bastante abalada. “Creio que ela estando em casa acelere a recuperação e o estado emocional que está muito agitado, ela não sente segura no local”, disse à reportagem.