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Polícia

Estagiária vaza informações de operação sigilosa e vira alvo da polícia

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em continuidade à operação Adsumus - Fase 2

Terça-feira, 14 Outubro de 2025 - 17:25 | Issel Chaia


Estagiária vaza informações de operação sigilosa e vira alvo da polícia
Vazamento de informações ocorreu em um grupo de mensagens onde data de operação foi compartilhada. (Foto: Divulgação/PCMS)

A Operação Argos Panoptes, deflagrada na manhã desta terça-feira (14), tem o intuito de cumprir três mandados de busca e apreensão domiciliar, em Naviraí. A ação contou com o apoio da Delegacia Regional, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da 1ª DP de Naviraí.

Com o objetivo de investigar o vazamento de informações sigilosas com relação à Operação "Adsumus - Fase 2", deflagrada no último dia 7 de outubro, com o foco em desarticular células da organização criminosa PCC e combater o tráfico de drogas local. 

O vazamento foi descoberto depois de um dos celulares apreendidos durante a 2ª fase ser analisado. Os investigadores encontraram no dispositivo um grupo de mensagens com integrantes e simpatizantes da organização criminosa, Primeiro Comando da Capital (PCC), onde informações detalhadas da data da operação e do uso de um helicóptero policial ser localizado.

A partir das mensagens trocadas, os investigadores identificaram a origem da divulgação e os demais envolvidos no compartilhamento das informações sigilosas. O vazamento teve início com uma estagiária da Vara Criminal de Naviraí, conforme apurado, onde o processo da operação tramitava.

Ao saber da deflagração da Adsumus, a estagiária repassou a informação para sua irmã, advogada, que informou seu irmão, quem foi responsável pela divulgação dos dados em um grupo de mensagens. O homem já era conhecido no meio policial pelo envolvimento com o tráfico de drogas e por simpatizar com a facção criminosa.

Apesar de quatro pessoas terem sido presas em flagrante por tráfico de drogas no decorrer da Operação Adsumus - Fase 2, as informações vazadas acabaram prejudicando os trabalhos da investigação, pelo fato de que alguns alvos não foram localizados em suas casas e outros, por terem sido previamente alertados, apagaram dados dos celulares.

Em virtude dos fatos, um inquérito policial foi instaurado pela autoridade policial para apurar as responsabilidades. Os três envolvidos no vazamento das informações são investigados com base no artigo 2º, §1º da Lei nº 12.850/2013, para crimes relacionados a organizações criminosas.

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