Gentileza oficial: servidora do Detran-MS ajuda a manter padrão de fotos da CNH

No Detran-MS, na Agência do Shopping Campo Grande, a servidora Vera Martins ganhou destaque por um gesto simples, mas cheio de empatia. Sempre que uma mulher chega para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com a parte de cima da roupa que não se enquadra nas normas de captura de imagem, é o blazer preto dela que entra em ação. O que poderia se tornar uma dor de cabeça acaba se transformando em alívio para quem chega para renovar a carteira de habilitação.

Segundo informações repassadas ao Diário Digital, é possível trabalhar com eficiência e ser gentil ao mesmo tempo. Esta história chegou até a redação e agora é compartilhada com o público. “Já perdi as contas de quantas vezes emprestei. Às vezes a pessoa chega direto do trabalho, com uma blusa de alça ou estampada, e acaba sendo pega de surpresa. Eu sempre digo: calma, a gente dá um jeitinho. O importante é sair daqui com o documento pronto e satisfeita”, conta Vera, sorrindo, consciente de que pequenos gestos fazem diferença.

A atenção da servidora não é apenas gentileza; tem referência técnica. Fotos de documentos oficiais, como RG e CNH, seguem normas federais e estaduais que garantem a identificação precisa do cidadão. As regras determinam roupas neutras, lisas e sem estampas chamativas, evitando regatas, alças finas ou peças que deixem os ombros à mostra.

Segundo Luiz Fernando Ferreira dos Santos, diretor de Habilitação do Detran-MS, o cumprimento dessas normas é essencial para a segurança e autenticidade dos documentos. “As orientações seguem padrões nacionais e internacionais de identificação civil. A padronização da imagem assegura a fidelidade do registro, evitando inconsistências e possíveis fraudes. Por isso, é fundamental que os servidores orientem com clareza e respeito, mantendo sempre o equilíbrio entre técnica e acolhimento”, destaca Luiz Fernando.

No dia 8 de outubro, Gisele Michaloski Bezerra de Araújo compareceu à agência para renovar a CNH. Ao perceber que sua blusa era regata e deixava os ombros descobertos, foi surpreendida pela gentileza da servidora, que prontamente ofereceu o blazer preto para o registro.

“Atendimento perfeito. Fui pega de surpresa pelo uso da blusa, que é regatinha, e a gente esquece de prestar atenção que não pode tirar a foto assim. Me impressionou a disponibilidade de emprestarem um casaquinho para usar. Parabéns pelo atendimento!”, elogia Gisele.

Itens religiosos, como véus e turbantes, são permitidos, desde que o rosto permaneça totalmente visível. As orientações seguem a Resolução nº 1.006/2023 do Contran e normas da Senatran, que equilibram segurança e respeito à liberdade individual e religiosa.

O cabelo deve estar arrumado, sem cobrir sobrancelhas, orelhas ou traços do rosto. Bonés e óculos escuros não são aceitos, e é importante manter expressão neutra, sem sorrir, conforme o padrão internacional da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).

Para a gerente regional de Campo Grande, Juliana Castro, atitudes como a de Vera reforçam o compromisso do órgão com atendimento acolhedor.

“Mesmo em procedimentos técnicos, é possível agir com empatia e sensibilidade. O exemplo da nossa servidora Vera mostra que servir com atenção e respeito é parte essencial do trabalho público”, destaca Juliana.

Essa atitude da servidora demonstra que, mesmo em processos técnicos, a cordialidade pode transformar uma norma em um momento de cuidado e respeito, garantindo conformidade e acolhimento simultaneamente.