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Banco vermelho contra o feminicídio percorrerá a Capital
Neste ano, 31 mulheres foram mortas em MS, entre elas a jornalista Vanessa Ricarte homenageada no ato do MPT-MS
Terça-feira, 14 Outubro de 2025 - 18:30 | Redação

O banco vermelho, símbolo internacional de conscientização e combate à violência de gênero, foi instalado oficialmente na sede do MPT-MS, em Campo Grande, na tarde desta terça-feira, dia 14 de Outubro. A instalação faz parte do ato #JustiçaporVanessa referente à jornalista Vanessa Ricarde que foi morta a facadas pelo noivo em fevereiro deste ano. Ela trabalhava como assessora de imprensa do MPT-MS. A mãe dela, Maria Madelena, participou do ato.
O banco vermelho permanece no MPT-MS até quinta-feira (16). Nos próximos dias, passa pelas sedes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Instituto Federal de Mato Grosso do Sul; Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Instituto Mirim de Campo Grande; Casa da Mulher Brasileira; Superintendência do Patrimônio da União e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, levando palavras de reflexão e informações sobre os canais disponíveis para denúncia.
Com 31 balões vermelhos, simbolizando cada vítima do feminicídio e da violência de gênero, e cartazes em homenagem a estas mulheres, membros e servidores do MPT, que puderam partilhar a rotina de trabalho com Vanessa, amigos e familiares, estiveram reunidos na sede da instituição, em Campo Grande, para pedir justiça. O homem que tirou a vida da jornalista, o músico Caio Nascimento Pereira está preso.

Esta, aliás, não é a primeira vez que o MPT-MS perdeu uma das suas para o feminicídio. Em 2018, Katiuscia Arguelho dos Santos, que trabalhava como copeira, foi assassinada aos 31 anos com 18 facadas pelo marido, Bruno Mendes de Oliveira, que não aceitava o fim do relacionamento
Além de Vanessa, todas as vítimas de feminicídio deste ano foram lembradas. São elas: Karina Corim. Juliana Domingues. Mirielle dos Santos. Emiliana Mendes. Gisele Cristina Oliskowiski. Alessandra da Silva Arruda. Ivone Barbosa. Thácia Paula. Simone da Silva. Olizandra Vera Cano. Graciane de Sousa Silva. Vanessa Eugênia Medeiros. Sophie Eugênia Borges. Eliana Guanes. Doralice da Silva. Rose Antonia de Paula. Michely Rios Midon Orue. Juliete Vieira. Cinira de Brito. Salvadora Pereira. Letícia Ananias de Jesus. Dahiana Ferreira Bobadilla. Érica Regina Mota. Emanuelly Victoria Souza Moura. Dayane Garcia. Iracema Rosa da Silva. Ana Taniely Gonzaga de Lima. Gisele da Silva Cylis Saochine. Erivelte Barbosa Lima de Souza. Andrea Ferreira.
“O feminicídio não é um problema só das vítimas, das famílias destas 31 mulheres e de todas as que vieram antes delas. Este é um problema de toda a sociedade que não conseguiu, efetivamente, evitar a letalidade. Estamos aqui hoje para fazer este alerta e trazer à tona o debate sobre a violência de gênero”, disse a procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio.

Monitor da Violência Contra Mulher – Dados do Monitor da Violência Contra Mulher demonstram que, em dez anos, 208 mulheres foram mortas dentro de casa, evidenciando que o local que deveria representar proteção torna-se cenário de violência letal. A maioria dos crimes foi cometida por cônjuges e companheiros, seguida por filhos, namorados e outros parentes próximos, o que reforça o caráter intimista do feminicídio e a permanência de relações abusivas e violentas.
Os dados do Monitor também permitem observar a busca crescente por proteção judicial. O número de medidas protetivas de urgência concedidas no Estado mais que dobrou em dez anos, saltando de 5.815 em 2015 para 14.812 em 2024. Em 2025, já foram registradas 10.451 medidas concedidas até o momento.
Denuncie – Denunciar é uma das principais formas de interromper o ciclo de violência. Casos de agressão podem ser comunicados pelo número 190 (Polícia Militar), em situações de emergência, e pela Central de Atendimento à Mulher, no 180. O Estado também oferece um canal on-line para solicitação de medidas protetivas e registro de ocorrências, sem necessidade de deslocamento até uma delegacia. Basta acessar sistemas.tjms.jus.br/medidaprotetiva.
(Com informações da assessoria de imprensa do MPT-MS)
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