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Polícia

Dor, saudade e esperança: famílias buscam desaparecidos com apoio na coleta de DNA

De 1º de janeiro a 1º de agosto, 295 pessoas desapareceram em Campo Grande. Destas, nove ainda não voltaram para casa — entre elas, dois idosos

Terça-feira, 05 Agosto de 2025 - 10:14 | Thays Schneider


Dor, saudade e esperança: famílias buscam desaparecidos com apoio na coleta de DNA
Rosimery Teixeira de 38 anos, chegou cedo na DHPP para coletar material genético que vai ajudar nas buscas pelo irmão, Ronaldo Teixeira de, 40 anos (Foto Luciano Muta)

DHHP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) iniciou nesta terça-feira (05) a campanha para coletar DNA de familiares de pessoas desaparecidas. De 1º de janeiro a 1º de agosto, 295 pessoas desapareceram em Campo Grande. Destas, nove ainda não voltaram para casa — entre elas, dois idosos. A dor da ausência persiste nas famílias, que mantêm viva a esperança de reencontro e agora contam com a coleta de DNA como aliada nessa busca.

Segundo delegado titular da DHPP, Rodolfo Daltro, a coleta de material genético é fundamental para ajudar a localizar o indivíduo. Dos 295 casos, 9 ainda não foram localizados a maioria dos desaparecidos são de homens, cerca de 60% com idade de 20 a 40 anos. Além disso,  90% dos casos são solucionados. 

"Das 9 pessoas que seguem desaparecidas, as investigações continuam de forma avançada. Embora não localizados o paradeiros dos desaparecidos, com expedição de ofícios à pela Secretaria de Assistência Social do Município e Secretaria de Saúde, empresas de telefonia, Portal GovBR, INSS, Justiça Eleitoral, Receita Federal, Polícia Federal, além de diligências de campo", afirmou o delegado.

Famílias buscam desaparecidos
Delegado titular da DHPP, Rodolfo Daltro (Foto Luciano Muta)

Daltro ainda chama atenção sobre o aumento de idosos desaparecidos, cerca de 60 registrados em 2025. Nesses casos, a maioria é decorrente de desorientação por conta de Alzheimer ou outros quadros demenciais. Sobre os idosos, dentre as nove pessoas que seguem desaparecidas, duas são idosas. 

Valmiltom Braga de 62 anos, está com o pai Heitor Braga de 84 anos desaparecidos há 90 dias. O idoso é portador de alzheimer e estava acompanhando o filho até a cidade de Ribas do Rio Pardo no dia 14 de favereiro. " Me descuidei dele por 15 minutos foi o tempo dele sair e desaparecer. Acredito que ele saiu na BR e pediu carona para alguém, ele morava aqui em Campo Grande, acredito que ele pediu ajuda para voltar", afirmou Valmitom. Quem souber o paradeiro do Heitor Braga , pode entrar em contato pelo telefone 67 9933-74000 e falar com Vamiltom. 

Famílias buscam desaparecidos
Valmiltom Braga de 62 anos, está com o pai Heitor Braga de 84 anos desaparecidos há 90 dias (Foto Luciano Muta)

Marlene da Cunha 78 anos, está a procura do esposo Antônio Gomes da Cunha de 79 anos, que desapareceu no dia 16 de fevereiro. Segundo a idosa o marido tinha problemas mentais, e por um momento de discuido o marido saiu de casa e nunca mais foi visto. “ Eu tenho esperança de encontrar ele, vivo ou morto, trouxe os pertences dele hoje para realizar o DNA e localizar ele”, revelou a idosa.

Famílias buscam desaparecidos
arlene da Cunha 78 anos, está a procura do esposo Antônio Gomes da Cunha de 79 anos, que desapareceu no dia 16 de fevereiro (Foto Luciano Muta)

Rosimery Teixeira de 38 anos, chegou cedo na DHPP para coletar material genético que vai ajudar nas buscas pelo irmão, Ronaldo Teixeira de, 40 anos, ele que desapareceu em fevereiro de 2025 no bairro Centro Oeste. " Ele saiu para trabalhar falando que iria para uma chácara trabalhar, mas desde então seguimos sem notícias dele. Fui atrás, consegui o contato do dono da chácara, mas sem sucesso. Ele tem problemas com álcool e drogas, estamos angustiados", comentou.

Famílias buscam desaparecidos
Ronaldo Teixeira de, 40 anos, esta desaparecido desde fevereiro (Foto Luciano Muta)

 

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