Líder do PCC mandou matar jornalista por vingança, aponta polícia paraguaia

O comissário Gilberto Freitas, chefe do Departamento contra o Crime Organizado do Paraguai, afirmou em entrevista à rádio ABC 95 FM que um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou o assassinato do jornalista Lourenço Veras, o Léo Veras, morto a tiros no dia 12 de Fevereiro, na casa dele em Pedro Juan Caballero.

As investigações apontam que a motivação do assassinato teria sido vingança. O jornalista teria alertado policiais brasileiros que o criminoso usava documentos falsos, o que culminou com a prisão dele. Já os pistoleiros que executaram o crime teriam sido contratados pelo PCC para a tarefa, numa espécie de ‘terceirização’ do crime.

Ele revelou ainda que as balas usadas no assassinato coincidem com as munições encontradas em cenários de outros crimes praticados pelo PCC. Conforme a polícia paraguaia, a estrutura criminosa é liderada por Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, Ederson Salinas Benítez, o Ryguasu, e Marcio Sanchez, o “Aguacate”. Todos estão presos no Brasil.

Ainda de acordo com o comissário, o autor dos disparos contra o jornalista é um proprietário de desmanches de veículos roubados em Pedro Juan Cabalero. Ele está foragido. O Jeep Renegade de cor branca, usado na noite de assassinato, está em poder da polícia.

O comissário revelou que a irmã do proprietário dos desmanches está entre os 10 presos da investigação. A mulher teria dirigido o veículo na noite do crime.

Segundo o policial, a ordem para a morte de Leo Veras partiu de Ederson Salinas Benítez.  A suspeita é vingança. Veras teria alertado policiais brasileiros que o bandido usava documento falso no momento em que foi preso por porte ilegal de arma durante uma briga de trânsito. Benítez voltou para a prisão e, inconformado, teria mandado matar o jornalista.

(Com informações do site ABC Collor)