Geral
HU-UFGD levará atendimento via telessaúde para aldeias de Dourados
Objetivo é fortalecer a atenção básica para a população indígena por meio da oferta de serviços de telessaúde
Segunda-feira, 21 Julho de 2025 - 11:50 | Redação

O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), lançou na tarde do último dia 9 de julho, o projeto “Telessaúde como Ferramenta de Expansão da Conectividade e Acessibilidade ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Território Indígena”, nas aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas em Dourados. A ação aconteceu na Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka Marçal Souza, localizada na aldeia Jaguapiru, sendo marcada pela grande aceitação da comunidade.
O objetivo do projeto é fortalecer a atenção básica para a população indígena por meio da oferta de serviços de telessaúde e suas modalidades, como teleconsultas e teleinterconsultas. O projeto busca ampliar o acesso à saúde especializada, promovendo maior conectividade, resolutividade e humanização no atendimento, sempre com respeito à diversidade sociocultural dos povos indígenas. Cerca de 22 mil indígenas habitam essas comunidades.
Estiveram reunidas lideranças indígenas, coordenadores do Polo Base de Dourados e profissionais de saúde responsáveis pela assistência nas unidades básicas de saúde indígenas (UBSI) das duas aldeias.
Conforme Géssica Linhares Melo Viana, da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde (UGITS/HU-UFGD), durante o encontro, foi possível construir um espaço de diálogo e de escuta ativa, no qual as lideranças e os profissionais puderam conhecer melhor a proposta, tirar dúvidas e contribuir com sugestões para sua implementação. “A recepção foi extremamente positiva. O projeto foi reconhecido como uma iniciativa necessária e alinhada às necessidades reais das comunidades”, disse. A próxima etapa será a entrega dos equipamentos tecnológicos às unidades de saúde e o início dos atendimentos.

A especialidade de psiquiatria será a primeira a ser ofertada, considerando a demanda prioritária já identificada. A expectativa é de que, à medida que o serviço se consolide e novas necessidades surjam, outras especialidades médicas sejam progressivamente incorporadas. “O lançamento do projeto é um passo importante rumo à ampliação do acesso à saúde de qualidade em territórios indígenas, reafirmando o compromisso com a equidade, a inclusão e o fortalecimento do SUS, com valorização da autonomia e dos saberes tradicionais dos povos originários”, completou Géssica Viana.
O projeto - O Projeto de Telessaúde é realizado pelo HU-UFGD, em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, e conta com financiamento da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT).
Conforme o chefe da Unidade de Sistemas de Informação e Inteligência de Dados e coordenador do projeto, Junio Eduvirgem, a iniciativa nasceu da necessidade de garantir acesso à saúde de qualidade para comunidades indígenas localizadas em regiões de difícil acesso que enfrentam desafios relacionados à escassez de especialistas, barreiras geográficas e culturais.
“Com a utilização de tecnologias da informação e da comunicação, o projeto busca aproximar o cuidado e possibilitar o intercâmbio de informações entre profissionais da saúde, respeitando as especificidades culturais das comunidades indígenas”, acrescentou.
A construção do projeto foi baseada em diálogos com lideranças, profissionais de saúde e instituições parceiras, visando o oferecimento de um serviço humanizado, acessível e culturalmente sensível. “Seguimos firmes no propósito de reduzir desigualdades em saúde e promover o bem-estar da população indígena, levando cuidado e informação mesmo onde as distâncias parecem ser um obstáculo intransponível”, disse Junio.
Estrutura e atendimento via telessaúde - O chefe da Unidade de E-Saúde, André Rogerio, explicou que será montado um ambiente específico para o atendimento via telessaúde das aldeias Jaguapiru e Bororó, e poderão ser utilizadas salas do ambulatório.
“Estamos preparando uma estrutura equipada com computadores, câmeras, internet de qualidade e sistemas seguros para garantir que as consultas e orientações ocorram com qualidade técnica e sigilo das informações dos pacientes. Além disso, profissionais capacitados darão suporte tanto aos pacientes quanto aos profissionais de saúde locais durante os teleatendimentos”, completou.

Ele explicou que, do lado dos pacientes, será necessário o comparecimento ao local preparado na aldeia, onde haverá o equipamento e o apoio da equipe de saúde indígena ou de agentes comunitários. Esses indígenas não precisarão ter internet em casa ou aparelhos próprios, pois todo o suporte tecnológico será disponibilizado no espaço montado para o serviço.
Segundo o chefe da Unidade de E-Saúde, já foram desenvolvidas outras iniciativas em telessaúde no hospital. Para ele, essa ação será um marco importante para o HU-UFGD e para a população indígena atendida. “O objetivo é garantir acesso ao atendimento sem o deslocamento até o hospital, evitando-se custos, dificuldades de transporte e barreiras culturais. Estamos muito confiantes de que essa iniciativa ampliará o acesso à saúde, fortalecerá o SUS e o cuidado à população indígena, respeitando suas particularidades e promovendo maior equidade no atendimento”, concluiu André Rogério.
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