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Embrapa quer vender terras ociosas para reinvestir em pesquisa
Segunda-feira, 23 Dezembro de 2019 - 18:18 | Redação
Com 106 mil hectares em terras pelo país, muitas ociosas, a Embrapa quer em 2020 vender parte desse patrimônio, mas com uma condição: que a verba aferida seja reinvestida em pesquisa.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da empresa e pesquisador, Luiz Celso Moretti, disse que ainda não há um levantamento de quantos hectares podem ser colocados à venda. À época da fundação da empresa, a avaliação é de que as terras eram necessárias, mas hoje, com a tecnologia, muitos experimentos são feitos no computador. Certo, por enquanto, segundo ele, é que a Embrapa quer apenas o necessário para “continuar conduzindo com eficiência” os programas de pesquisa que desenvolve.
“São terras da União, mas nós precisamos ter uma garantia, por parte do governo federal, que esse recurso que a gente venha a apurar, possa retornar em parte, se não, no todo, para que a gente possa reinvestir em pesquisa. Não queremos comprar mais terras, nós queremos o retorno desse dinheiro em pesquisa”, disse Moretti acrescentando que os processos de pesquisa estão cada vez mais modernos.
Além do levantamento de quantos hectares a empresa quer dispor, junto com ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Embrapa também estuda qual seria o dispositivo legal para essa transação para avançar nesse plano já em 2020.
Um dos exemplos citados está no Distrito Federal. Na Sede Hortaliças, dos 1,3 mil hectares são utilizados para pesquisa algo em torno de 300 hectares, os outros 1 mil hectares são reserva de mata. “Está tudo protegido. A gente atende com folga as exigências do Código Florestal de reserva legal”, explicou Celso Moretti.
Modernização - A venda das terras é parte de uma estratégia de modernização geral de processos e gestão da empresa que Moretti, efetivado no cargo na última semana, após seis à frente da Embrapa como presidente interino, quer consolidar.
Até junho de 2020 deve ser concluído o programa de demissão incentivada na instituição que teve a adesão de 1,3 mil servidores, cerca de 12% do quadro. Com a redução de 9,5 mil para 8.2 mil servidores, o novo desafio é a redistribuição desse pessoal pela sede e pelos 43 centros de pesquisa pelo país. Em Brasília, por exemplo, que tem quatro centros de pesquisa, a maior concentração está na sede, mas a ideia é realocar muitos servidores nesses centros.
A terceirização também está nos planos para 2020. A maior adesão no PDI foi de trabalhadores rurais, que montavam experimentos, como tratorista e operadores de máquinas, muitos já tinham 35-40 anos de serviços. Para a empresa hoje é mais interessante e barato terceirizar essa mão de obra por meio de uma cooperativa de trabalho e contratar pessoas para cumprirem tarefas mais simples, mais braçais. “Quando digo terceirização a gente está sempre pensando nas atividades-meio da empresa, nas atividades de suporte. Nós não faríamos isso com atividade-fim que é pesquisa e desenvolvimento, ou seja, não vamos terceirizar pesquisadores ou analistas”, garantiu Celso Moretti.
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