Dupla é condenada a 12 anos pela morte de Wesner, mas fica livre

Após quase 12 horas de julgamento, Thiago Giovanni Demarco Sena, 26 anos, e William Enrique Larrea, 36 anos, foram sentenciados  a 12 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Wesner Moreira da Silva, morto pela dupla aos 17 anos, em 3 de Fevereiro de 2017. Contudo, os condenados têm o direito de recorrer em liberdade e, por isso, não foram presos depois do júri.  

O julgamento começou na manhã desta quinta-feira, 30 de Março, no Fórum de Campo Grande, e só terminou à noite, após longos debates. Embora tenha tentado convencer o juri de que não pretendia matar a vítima, a dupla acabou condenada por homicídio qualificado por recurso que  dificultou a defesa da vítima. 

O juiz Carlos Alberto Garcete fixou a pena mínima para o crime. Os dois réus vão tentar modificar a sentença recorrendo a instâncias superiores até que se esgotem as possibilidades recursais. Veja o pronunciamento final do magistrado no vídeo abaixo:

A mãe da vítima Marisilva Moreira, de 50 anos, acompanhou o julgamento muito emocionada. Ela que estava acompanhada do filho mais velho, Luciano, orou e chorou várias vezes. A mulher disse que estava em busca da justiça que prometeu ao filho que perdeu precocemente.

Comoção - O caso é de grande comoção pela forma como o adolescente foi morto. Wesner Moreira da Silva trabalhava no lava jato de propriedade de  Thiago Giovanni, na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, quando teve uma mangueira de compressão, usada na limpeza de carros, introduzida no ânus.

Em meio a uma discussão entre eles, William Enrique segurou e imobilizou Wesner Moreira enquanto Thiago Giovanni  pegou a mangueira de ar,  retirou a bermuda e a cueca de Wesner, ligou compressor e o introduziu no ânus do adolescente. O rapaz passou mal e foi levado para um  posto de saúde e depois para a Santa Casa onde morreu.

William Enrique e Thiago Giovanni nunca estiveram presos pelo crime. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão, mas a Justiça negou.