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Com governadores na Capital, pré-COP Pantanal reforça protagonismo do bioma

Carta que será encaminhada à presidência da COP pede diálogo moderno e respeito ao Pantanal

Terça-feira, 30 Setembro de 2025 - 15:50 | Redação


Com governadores na Capital, pré-COP Pantanal reforça protagonismo do bioma
(Foto: Agro Agência)

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), abriu nesta terça-feira (30), em Campo Grande (MS), o evento Pré-COP Pantanal, destacando que “o Brasil está maduro para transmitir uma mensagem importante ao mundo” e que o estado sul-mato-grossense tem conseguido construir essa narrativa. O encontro reuniu também o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o secretário adjunto de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alex Marega, que representou o governador Mauro Mendes (União Brasil). As autoridades debateram pautas ambientais com ênfase na preservação e no futuro do Pantanal.

Do evento sairá uma Carta aberta à presidência da COP 30, que pede a elaboração de um plano integrado e sustentável para o Pantanal, a criação de um fundo de prevenção a eventos extremos, a adoção de mecanismos de pagamento por serviços ambientais e o reconhecimento do bioma como referência mundial de resistência climática. O texto também reforça o protagonismo da ciência, defende um diálogo moderno na COP 30 e conclui pedindo respeito ao Pantanal. O documento será submetido a consulta pública, permitindo contribuições de organizações não governamentais, produtores rurais, povos originários, quilombolas e ribeirinhos.

O presidente da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), Janes Bernardino, destacou que cerca de 90% do bioma pantaneiro permanece preservado e defendeu a valorização do papel do homem pantaneiro. “O homem pantaneiro é o grande guardião dessa região. Ele cuida com zelo do meio ambiente há séculos e precisa ser reconhecido. O governador Eduardo Riedel tem olhado para o Pantanal com outros olhos, inclusive com políticas de preservação que remuneram quem conserva, como o PSA, que prevê pagamento de até R$ 100 mil a produtores que preservam suas áreas”, afirmou.

Na mesma linha, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, reforçou a importância do setor agropecuário na agenda climática global. Segundo ele, o Brasil chega à COP 30 com a convicção de que a agricultura é parte da solução para os desafios climáticos. “Nós mitigamos muito mais gases de efeito estufa do que emitimos. Temos práticas consolidadas de sequestro de carbono, recuperação de áreas degradadas e produção de energia limpa. O Pantanal é o bioma mais preservado do mundo, resultado de mais de 300 anos de manejo pelo homem pantaneiro”, disse.

Bertoni também destacou o movimento nacional “Agropecuária Brasileira na COP 30”, lançado recentemente pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que busca apresentar os avanços da agropecuária brasileira em sustentabilidade.

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