Juiz decreta prisão preventiva de filhos e genro acusados de matar idoso

O juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados, Luiz Alberto de Moura Filho decretou nesta segunda-feira, 05 de dezembro, a prisão preventiva de Michelle Cabreira Ortiz, de 25 anos, Miguelito Ortiz Cabreira, de 22 anos, Roger Amarilha Isnarde, de 20 anos. Os três são acusados de matar o idoso Alonso Cabreira, de 89 anos, encontrado morto e desfigurado na pedreira desativada na Aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados, no último dia 30. Michelle a Miguelito são filhos da vítima, enquanto Roger, genro.

Conforme os autos do processo que tramita na 1ª Vara Criminal, o juiz manteve as prisões em flagrante do trio, bem como decretou ontem a preventiva. Desse modo, os três ficam presos por tempo indeterminado até serem julgados pelo Tribunal do Júri. 

O processo apura, ainda, acusação realizada por Miguelito Ortiz de que foi agredido por policial militar durante a prisão. Conforme relato dele, foi golpeado com pedaço de madeira e sufocado por policial “que possuía barba e estava de farda”. O preso foi encaminhado para exame de corpo delito.

Morte do próprio pai - Michelle e Miguelito são acusados de matar o próprio pai. De acordo com informações policiais, Alonso estava desaparecido e foi encontrado morto no meio do paredão de pedra, com um sinal de facada no rosto e com o pescoço decepado.

Há a possibilidade de o corpo ter sido jogado do penhasco. Segundo o Dourados News, o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Erasmo Cubas alegou os filhos e o genro mataram o idoso após Alonso se negar a usar o dinheiro da aposentadoria para comprar bebidas alcoólicas.

Assassinada no mesmo local - Alonso Cabreira era pai de Raíssa da Silva Cabreira, também assassinada na pedreira desativada. O caso ocorreu em 09 de agosto de 2021. Trabalho realizado por equipe do SIG da Polícia Civil de Dourados resultou na apreensão de três adolescentes, de 13, 14 e 16 anos de idade, além da prisão em flagrante convertida em preventiva de Leandro Pinosa e de Elinho Arévalo.

Conforme entrevista concedida durante a semana pelo delegado Erasmo Cubas, as investigações apontam que antes de ser jogada de paredão, Raissa viveu noite de terror tendo sido violentamente estuprada pelos envolvidos.

Além disso, o delegado afirma que o crime sexual foi premeditado pelos jovens durante bebedeira que estava acontecendo na casa da menina na noite de domingo (8) e madrugada de segunda-feira (9). Eles teriam planejado atraí-la para local remoto onde há uma casa abandonada.