• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Polícia

Professor acusado por estupro fica em silêncio durante depoimento

Homem é suspeito de cometer atos sexuais com afilhada e a irmã dela de 15 anos

Segunda-feira, 25 Janeiro de 2021 - 19:56 | Marina Romualdo


Professor acusado por estupro fica em silêncio durante depoimento
Acusado preferiu permanecer em silêncio em todo o depoimento (Foto: Divulgação/O Pantaneiro)

Professor acusado de cometer estupros contra a própria afilhada e a irmã dela permaneceu em silêncio durante o depoimentos na manhã desta segunda-feira, 25 de Janeiro, em Aquidauana (MS). Ele disse que falaria apenas em juízo. O depoimento durou cerca de 30 minutos.

Segundo a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Aquidauana (DAM), Joilce Silveira Ramos, o homem foi questionado sobre os abusos praticados, entretanto preferiu permanecer em silêncio em todo o depoimento por orientação do próprio advogado.

Indagado sobre os crimes cometidos pelo professor, o advogado do acusado, Samuel Chiesa, disse que “o crime corre em segredo de justiça e não posso comentar”.

Conforme a delegada, ainda faltam ouvir duas testemunhas indiretas para que o caso seja encerrado e que nos autos do processo existem elementos suficientes que comprovam o ato praticado pelo professor. Além disso, Joilce disse que é comuns mulheres relatarem os abusos cometidos na infância após atingirem a maioridade. "É importante que elas façam a denuncia para que o crime seja investigado”, pontua a delegada que falou sobre a Lei Joana Maranhão.

Lei Joana Maranhão — A proposta legislativa foi batizada de Lei Joanna Maranhão, em referência à nadadora brasileira que foi molestada sexualmente em sua infância, quando contava com nove anos de idade, pelo seu treinador. Somente 12 anos após a atleta pernambucana apontou o responsável pelo assédio sexual.

“A lei não retroage todas as vezes que for prejudicar o réu. Então a lei só vale a partir da data que foi publicada. Desta data pra frente os crimes de estupro de vulnerável, se tornou imprescritível, ou seja, mesmo que a mulher tenha 50 anos de idade e resolver denunciar, a gente vai investigar”, concluiu a delegada.

O caso — O caso veio à tona em dezembro, quando a vítima, hoje com 18 anos, relatou o ocorrido à mãe após se deparar com o abusador em uma reunião familiar. Conforme apurado, a garota mora em Campo Grande. No último dia 7, esteve em Aquidauana juntamente com uma amiga. Por estar de folga do trabalho, a mãe dela decidiu promover um jantar e convidou amigos e familiares.

Um dos convidados era o professor e também padrinho da vítima. Ao vê-lo, a jovem começou a se sentir mal, ficou assustada e se trancou no quarto, onde chorou. A amiga estava com ela e relatou o ocorrido à mãe, que até então não fazia ideia do abuso. Diante dos fatos, no dia seguinte a jovem foi levada de volta para Campo Grande.

A irmã dela, de 15 anos, também relatou ter sido ‘tocada’ várias vezes pelo professor. Ambas as jovens tiveram problemas de depressão e tentativa de suicídio em razão do ocorrido.

(Com informações O Pantaneiro)

SIGA-NOS NO Google News