Polícia
Prisão de brasileiro confirma que PCC reforçou presença na fronteira
Flávio Arruda Guilherme, de 31 anos, teria comandado quádrupla execução em Pedro Juan Caballero
Segunda-feira, 30 Novembro de 2020 - 16:43 | Redação

A prisão do brasileiro Flávio Arruda Guilherme, de 31 anos, no último sábado (28), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, confirmou o reforço da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira, com o objetivo de exterminar o clã de Fahd Jamil e controlar o tráfico de armas e drogas na região, conforme divulgado por autoridades e a imprensa paraguaia. Flávio Arruda seria membro da facção e é suspeito de comandar a quádrupla execução, na semana passada.
O rapaz foi localizado pela Polícia Nacional do Paraguai em uma casa no Jardim Aurora e no porta malas de seu carro foram encontrados um fuzil AK 47, vários carregadores, uma pistola Glock e dezenas de munições para ambas as armas.

Segundo o ABC Collor, Flávio Arruda foi recebido em Pedro Juan na casa de Clemencio “Gringo” González, um traficante poderoso da região que está foragido. Após a prisão, ele foi levado de avião até a Capital do país, onde permanece na sede do Departamento de Investigações, pois havia rumores de que ele poderia ser resgatado por outros integrantes da facção.
Investigadores confirmaram ao site paraguaio que Arruda foi enviado a Amambay há um mês, depois de ser libertado de presídio de São Paulo, onde cumpria pena por tráfico de drogas e assalto à mão armada, com o objetivo de exterminar aliados de Fahd Jamil e seu filho, Flávio Correia Jamil Georges, o "Flavinho", que conquistaram mais espaço no “mercado ilícito” na fronteira, após a morte de Jorge Rafaat, em 2016.
A primeira ação forte de Arruda, teria sido sequestrar e matar os dois parentes de Fahd e funcionários ligados a ele. Os quatro corpos foram encontrados em covas rasas em uma fazenda de soja, localizada na Colônia 204, a cerca de 20 quilômetros de Pedro Juan Caballero, Departamento de Amambay, na quinta-feira (26). As vítimas foram os dois sobrinhos de Fahd, Riad Salem Oliveira e Muriel Correia, além de um segurança e um motorista que estavam com eles no cassino Guarani quando houve o sequestro.
Mas a prisão de Flávio Arruda, segundo jornal paraguaio, não seria suficiente para barrar os ataques, já que nos últimos meses outros chefes do PCC teriam se estabelecido na região para lutar contra o grupo de Fahd. Autoridades acreditam que novas execuções possam ocorrer.
Fronteira Blindada – Para impedir que a guerra do tráfico entre a facção criminosa e a família de Fahd Jamil ultrapasse a fronteira e chegue ao lado brasileiro, a Polícia Nacional do Paraguai se alia as forças de segurança de Mato Grosso do Sul na tentativa de “blindar” a linha internacional.
Nesta segunda-feira (30), grupos de elite da Polícia Nacional chegaram de outras regiões do Paraguai para intensificar a segurança em pontos críticos na Linha Internacional, como Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS).
Os policiais saíram da sede da Polícia Nacional na capital do Departamento de Amambay para realizarem buscas em vários endereços da cidade, como o Edifício Búzios, no Condomínio Cerrado Blue Lagoon, área nobre.

Na quinta-feira (26), a SEJUSP (Secretária de Estado Justiça e Segurança Pública) de Mato Grosso do Sul, já havia enviado equipes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Batalhão de Choque da Polícia Militar, DOF (Departamento de Operações de Fronteiras) e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) que a Ponta Porã e região para policiamento ostensivo.
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