Polícia
PF instaura inquérito para apurar morte de indígena em Antônio João
Corpo do jovem foi levado ao IML e vai passar por necrópsia nesta quinta-feira (19) por legistas
Quinta-feira, 19 Setembro de 2024 - 14:52 | Marina Romualdo

O corpo do indígena, Neri da Silva, de 23 anos, morto na quarta-feira (18) durante o confronto com a Polícia Militar já está no Instituto Médico Legal (IML). O jovem morreu com um tiro na cabeça na quarta-feira (18) na Terra Indígena Nhanderu Marangatu durante ataque à retomada dos indígenas na Fazenda Barra
Segundo as informações do Ligado na Notícia, o corpo da vítima passará por uma necrópsia nesta quinta-feira (19) por legistas da Polícia Federal. O laudo vai determinar a causa da morte e também irá fornecer outros detalhes necessários para a investigação.
Segundo as informações do Conselho Indigenista Missionário, a violência contra os indígenas começou na madrugada e seguiu pela manhã. A Polícia Militar arrastou o corpo de Neri para um pedaço de mata, no entanto, a ação gerou revolta entre os Guarani e Kaiowá que passaram a avançar para o local em que o corpo foi levado. Então, novos confrontos se estabeleceram, mas os policiais seguiram com a decisão de afastar o corpo.
Os ataques contra a retomada Guarani e Kaiowá ocorreram no mesmo local em que os indígenas receberam na sexta-feira (13) a Missão de Direitos Humanos organizada pelo Coletivo de Solidariedade e Compromisso aos Povos Guarani, que na semana passada percorreu o oeste do Paraná e no Mato Grosso do Sul visitou a TI Nhanderu Marangatu, atacada um dia antes, além das retomadas da TI Panambi – Lagoa Rica, em Douradina.
Conforme os indígenas, atiradores “mercenários” estavam junto a PM durante o ataque realizado contra a comunidade. “Foi a PM. Já estão nos atacando desde antes da vinda da Missão de Direitos Humanos”, denuncia uma indígena. Na quinta-feira (12), três indígenas já haviam sido baleados pela PM na Terra Indígena Nhanderu Marangatu: uma das vítimas é Juliana Gomes, que segue hospitalizada em Ponta Porã depois de levar um tiro de arma letal no joelho, a irmã e um jovem também levaram tiros de bala de borracha.
Por meio de nota, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifestou seu profundo pesar e indignação diante dos violentos ataques sofridos pela comunidade e informou que já acionou a Procuradoria Federal Especializada (PFE) para adotar todas as medidas legais cabíveis e está comprometida em garantir que essa violência cesse imediatamente e que os responsáveis por esses crimes sejam rigorosamente punidos.
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