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Polícia

Operação contra tráfico internacional apreende R$300 milhões em bens

Mandados foram emitidos para cidades no Brasil, Holanda e Paraguai

Quinta-feira, 27 Novembro de 2025 - 07:50 | Luiza Ferraz


Operação contra tráfico internacional apreende R$300 milhões em bens
O comprador da droga era um integrante de uma das máfias mais atuantes na região dos Balcãs. (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de ontem (26), a Operação Balcãs, com o objetivo de desarticular uma Organização Criminosa responsável por todo o ciclo logístico de remessa de cocaína, desde a sua origem nos países andinos até seu destino na Europa, por meio de portos brasileiros. A ação policial contou com a colaboração da Europol, SENAD/PY e National Police/HOL.

Durante a deflagração, ocorrida simultaneamente nos três países, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além de efetuadas três prisões preventivas. Foram sequestrados ainda, em território nacional e paraguaio, 27 veículos e 43 imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 300 milhões, de propriedade dos investigados e de empresas envolvidas nos crimes, além de determinado o bloqueio judicial de valores e ativos em instituições financeiras.

Em Dourados, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva. Em Campo Grande, houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão; em Ponta Porã, seis mandados; em Porto Velho, uma prisão preventiva; em Amsterdam, na Holanda, um mandado de busca e apreensão; e em Yby Yau, no Paraguai, um mandado de busca e apreensão. Além disso, houve uma prisão no Paraguai e quatro Difusões Vermelhas emitidas para captura internacional dos investigados.

As investigações, realizadas em conjunto com o GAECO Nacional/ MPF, representam a terceira fase da Operação Hinterland, deflagrada em 2023, e teve como enfoque os compradores das drogas remetidas pela ORCRIM por intermédio de portos brasileiros, em especial decorrentes do aprofundamento dos fatos relacionados à apreensão de três toneladas de cocaína realizada na cidade de Pelotas, a maior da história do Rio Grande do Sul.

Nesta nova fase, foi identificado que o comprador da droga era um integrante de uma das máfias mais atuantes na região dos Balcãs, além de ter sido constatado que os investigados atuaram no envio de, aproximadamente, 12 toneladas de droga à Europa.

Constatou-se que o traficante europeu possuía relação permanente com célula do grupo criminoso estabelecida no Paraguai, que detinha controle de todo o fluxo logístico, desde a aquisição do entorpecente produzido em países andinos até a efetiva destinação em portos situados nos países europeus em que Organização possuía capacidade de ação.

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