Polícia
Ladrão procurava cofre em casa de artista plástica vítima de latrocínio
Catarina Marquesi, 72 anos, foi encontrada morta na manhã de hoje (4), no bairro São Francisco
Terça-feira, 04 Maio de 2021 - 16:39 | Redação

Apesar do assassinato da artista plástica Catarina Marquesi Moreira, 72 anos, ser investigado como latrocínio - roubo seguido de morte, a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) confirmou que, aparentemente, nada foi levado da residência onde a vítima foi encontrada sem vida, amordaçada e com as mãos amarradas, na manhã desta terça-feira (4), no bairro São Francisco.
A suspeita inicial era de que o autor havia roubado alguns quadros da artista. Porém, o delegado titular da Derf, Reginaldo Salomão, informou na tarde de hoje (4) que as pinturas foram apenas mexidas, dando a entender que o ladrão procurava por um cofre nas paredes da casa da vítima.
Segundo a polícia, autor entrou pelo prédio vizinho a residência, pulando o muro, arrombou a porta com alguma ferramenta, como um pé de cabra, quando foi surpreendido pela vítima.

“Ele desferiu um golpe contra ela e iniciou, em tese, uma busca por bens. Mas só movimentou quadros, não abriu uma porta, um guarda roupa, nada”, disse o delegado Salomão.
O terreno vizinho está abandonado e um caibro foi localizado no muro, o que teria facilitado a entrada do bandido na casa da vítima. A suposição inicial é que Catarina tenha sido atingida pelo autor com um soco no rosto e, em seguida, teve as mãos e pés amarrados, além de uma mordaça colocada na boca.
“Ainda não é possível afirmar a causa da morte, estamos aguardando o laudo do médico legista e outros questionamentos feitos pela investigação que serão respondidos pela perícia”, explicou.

Quem encontrou a artista plástica agonizando, na manhã desta terça-feira, foi o marido dela, um idoso de 74 anos. Segundo a polícia, ele tentou ligar para o filho, mas muito nervoso não conseguiu. Então, acionou o genro que foi ao local com a filha de Catarina. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ir até a casa, só que a vítima já estava sem vida.
O marido de Catarina permaneceu dormindo no andar de cima da residência, durante toda a noite, conforme apuração da Derf. “O casal tinha uma rotina estabelecida. Geralmente, a vítima acordava mais cedo que o esposo e descia para o térreo. Por isso, ele levantou depois e encontrou a esposa amarrada. Se ele tivesse visto a invasão, provavelmente, também estaria morto”, completou o delegado.
O motivo do idoso não ter acordado com o barulho é um problema de audição que faz com que ele necessite de aparelho para ouvir. Vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ele também possui dificuldades motoras, de acordo com o delegado Salomão.

Na casa de Catarina funcionava um ateliê, onde ela dava aula de pinturas. No entanto, na fase inicial das investigações, ainda não é possível confirmar se mais de uma pessoa cometeu o crime ou se teria sido alguém que conhecia a rotina da vítima.
De acordo com a polícia, apesar de ser uma residencia grande, o casal não possuía bens de alto valor como joais, aparelhos eletrônicos novos e, até mesmo, o cofre. A vítima vivia de maneira simples, sem ostentar uma vida luxuosa.
“Nós vamos precisar de respostas da perícia, das diligências de campo, todas as hipóteses estão sendo levantadas. Ocorreram alguns roubos ali na região, em que os autores foram identificados e, pelo menos três deles, encontram-se presos. O que afastou a suspeita sobre essas pessoas. Por enquanto, trabalhamos com a situação de latrocínio pela forma como o crime foi cometido”, finaliza Salomão.
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