Homem que esfaqueou a ex-mulher oito vezes morre em cela de delegacia

Vilmar Meza da Silva, de 44 anos, acusado de tentativa de feminicídio contra a professora Indiamara Vendruscolo, foi encontrado morto na manhã desta terça-feira (06), na cela da delegacia da cidade de Rio Verde de MT. Ele estava preso pelo crime desde domingo, 4, e seria transferido para um presídio nesta terça-feira.

A suspeita é de que morte tenha ocorrido 7h e 10h da manhã desta terça-feira. A causa da morte teria sido sufocamento. Ele estava sozinho na cela.

Vilmar Meza foi preso 20 dias após tentar matar a ex-companheira de maneira brutal. O crime foi praticado na casa dela, em São Gabriel D´Oeste no dia 14 de Abril. Ele e a professora estavam separados, mas Vilmar insistia em uma reconciliação que a vítima não queria.

Na data do crime, ele chegou a casa de vítima, sem avisar, por volta das 11h40 e tentou iniciar uma discussão, ao que a professora tentava evitar, pedindo que ele se acalmasse.

Na sequencia, praticou o ato bárbaro. "Ele levantou a blusa e puxou a faca. Ele é canhoto, o que foi um livramento, porque só esfaqueou o lado direito, do contrário poderia ter acertado meu coração (...) Ele olhava nos meus olhos e me esfaqueava. Não olhava para onde ele acertava, olhava nos meus olhos. Eu rezava. 'Deus não me deixe morrer'. Só veio na minha cabeça, se finja de morta e eu me fiz de morta. Aí percebi que ele se levantou. Quando ele se afastou, abri os olhos e o vi saindo. Levantei e coloquei a mão nos cortes. Era muito sangue, muito sangue. Ainda o vi jogando a faca", relembra a professora.

A mulher dirigiu sozinha até o hospital da cidade de onde foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande onde passou por cirurgias. Foram oito facadas, sendo cinco na região do tórax e o abdômen e três nas pernas. A mulher está se recuperando bem do ataque.

Vilmar Meza da Silva fugiu depois do crime e foi preso após monitoramento da Polícia Civil que o localizou em Rio Verde. Não foram divulgados detalhes da prisão e nem mesmo da morte do agressor. O  corpo será encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) e posteriormente liberado para o velório.