Homem morre em confronto com militares no Jardim Itamaracá

Após conflito com militares, Wemerson de Souza Santana, de 34 anos, morreu, na noite deste sábado (09), no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

Segundo o boletim de ocorrência, a partir de uma solicitação de atendimento por meio do 190, uma equipe da Força Tática da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência de disparo de arma de fogo.

Agentes da Força Tática do 9º Batalhão de Polícia Militar também seguiu para o endereço solicitado, na esquina da Rua Georgina Pereira Barbosa com a Rua Azis Nachif, para verificar o indivíduo que estaria com uma arma cromada.

O suspeito estava em frente ao portão da casa e com a arma citada na denúncia. Ao solicitarem sua parada, o homem correu para a residência, batendo o portão.

Os policiais adentraram no local e, durante varredura, ouviram barulhos vindos de um cômodo aos fundos e, ao se aproximarem, o homem afirmou que, se entrasse iriam tomar tiros. Mesmo com a equipe se identificando com a Polícia Militar, o suspeito continuou com as ameaças. Chegando mais próximo a porta, o autor deu dois disparos e, com o perigo iminente, dois policiais realizaram dois disparos contra o autor afim de pará-lo.

Ao ser atingido pelos tiros, o autor foi desarmado e socorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Universitário, com sinais vitais. Mesmo sendo atendido, não resistiu aos ferimentos e, por volta das 21h30, veio à óbito.

A Perícia Técnica esteve no local preservado e foram apreendidas as armas dos militares envolvidos no confronto. No cômodo foram localizados uma balaclava preta e a porção de 7.308 gramas de maconha.

Ainda, durante os procedimentos, o neto do vizinho do autor afirmou que seu avô havia sido vítima de roubo na sexta-feira (08). O homem afirmou que, assim como consta no registro de ocorrência, o autor do roubo utilizava balaclava e, segundo o neto, havia sido o vizinho.

A mãe do autor esteve no local, afirmando que morava na casa, porém, teve problemas pelo fato que seu filho, com quem habitava, tinha problemas com drogas, tendo que se mudar. Ela realizou o reconhecimento do filho na UPA Universitário.

Ao todo, foram apreendidos dois estojos, um de pistola (calibre 9mm) e um de carabina (5.56mm), um revólver (calibre .38) com numeração suprimida e duas munições deflagradas e quatro munições intactas, uma pistola Beretta APX (calibre 9mm) com um carregador e quinze munições intactas, e uma carabina Taurus T4, com um carregador e 29 munições intactas.

O caso foi registrado como resistência, desobediência, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tráfico de drogas, morte decorrente de intervenção legal de agente do estado e homicídio, na Depac-Cepol.