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Polícia

Além de prefeito, empresários e servidores foram presos por fraude

Após prisão de Prefeito de Terenos, Campo Grande e cidade do interior de SP são alvos de cumprimentos de mandados

Terça-feira, 09 Setembro de 2025 - 17:20 | Issel Chaia


Além de prefeito, empresários e servidores foram presos por fraude
Policiais do Choque saindo da prefeitura de Terenos (Foto: Caio Nogueira)

A partir da Operação Spotless, deflagrada na manhã desta terça-feira (09), pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 59 de busca e apreensão, nas cidades de Terenos e Campo Grande. Também contou com o apoio operacional do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

Além da prisão do Prefeito de Terenos, Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB), apontado como principal articulador do esquema fraudulento, servidores e empresários, proprietários de construtoras e empreiteiras, envolvidos no esquema criminoso, foram: o servidor, Valdecir Alves Batista; o proprietário da construtora e empreiteira Real, Sansão Inácio Rezende; proprietário da Base Construtora e Logística - empresa de manutenção de redes de distribuição de energia elétrica, Genilton da Silveira Moreira; proprietária da Lopes Construtora e Empreiteira LTDA, Nádia Mendonça Lopes; dono da HG Empreiteira & Negócios LTDA, Hander Luiz Corrêa Grote Chaves; Sócio da Construtora Kurose, Fernando Seiji Alves Kurose; o Empresário da Conect Construções, Eduardo Shoier e o ex-proprietário da Cerealista Terenos, Orlei Figueiredo Lopes.

Em Campo Grande, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de prisão em desfavor de Arnaldo Santiago, foi localizado, em uma gaveta da sala de sua casa, 50 munições do calibre 22, com inscrição "F" na base. Questionado, o investigado alegou que não possuía nenhuma documentação das munições. O caso foi registrado na Depac-Cepol.

Também na capital sul-mato-grossense, o policial militar, Fabio Andre Hoffmeister Ramires, foi preso. Em nota, a Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), afirma que:

"A Corregedoria da PMMS esteve presente durante o cumprimento da medida auxiliando na condução dos procedimentos. 

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul reforça que não compactua com condutas de seus integrantes que possam comprometer a imagem da Instituição. O fato registrado
configura uma ocorrência isolada, que não representa os valores e princípios da Corporação, e será rigorosamente apurado.

Para tanto, a PMMS já adotou as medidas cabíveis, visando assegurar a devida responsabilização pelas possíveis condutas ilícitas do policial militar envolvido, bem como outras providências administrativas necessárias. O referido militar encontra-se recolhido no Presídio Militar Estadual de Mato Grosso do Sul (PME).

A Instituição reitera seu compromisso com a sociedade sul-mato-grossense, permanecendo firme em sua missão constitucional de preservar a ordem pública e garantir segurança e proteção à população." .

Nesta terça-feira, o policial militar  foi preso na Operação Spotless, do Gaeco, por suspeita de integrar organização criminosa especializada em fraude a licitações.

Portanto, solicitamos nota de posicionamento esclarecendo se o Comando-Geral tem conhecimento dessa prisão e se o servidor responderá a PAD.

Conforme investigado pelo Ministério Público, a organização criminosa fraudava licitações em benefício de empresas, com o suporte de servidores públicos. O grupo teve o lucro superior a R$ 15 milhões somente no ano de 2024.

Ainda, o esquema criminoso envolvia o pagamento de propina aos agentes públicos, que comprovavam de forma falsa, o recebimento de produtos e serviços, e aceleravam os pagamentos de contratos.

A investigação partiu de provas localizadas em aparelhos celulares apreendidos durante a "Operação Velatus", deflagrada no ano passado. No período da operação, alguns investigados foram denunciados por corrupção.

Também foram autorizados pela Justiça, mandados de busca e apreensão também nos municípios de Campo Grande/MS e Santa Fé/SP. 

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