Polícia
Artista plástica foi sufocada até a morte por dupla que premeditou o crime
Um dos homens apontado como autor foi preso e o outro morreu em confronto com policiais
Segunda-feira, 17 Maio de 2021 - 16:31 | Redação

A elucidação do latrocínio (roubo seguido de morte), da artista plástica Catarina Maria Marquesi Moreira, de 72 anos, encontrada sem vida, amordaçada e com as mãos amarradas, no dia 4 de maio, no bairro São Francisco, revelou a brutalidade e frieza com que os dois homens apontados como autores do crime agiram. A idosa, além de ser agredida, foi sufocada até a morte, de acordo com as investigações da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).
Durante a tarde desta segunda-feira (17), os delegados da especializada informaram que as investigações serão concluídas e não há dúvidas sobre os culpados pelo crime. “O Inquérito está bastante robusto, nós trabalhamos muito na investigação, apreendemos a ferramenta usada para arrombar a porta, a arma de um deles, o carro e até as roupas que a dupla utilizou no dia da ação. Não temos qualquer indício da participação de mais pessoas”, disse Fábio Brandalise, responsável pela investigação.
Thalis Ambrósio Pereira, de 30 anos, e Cezar Antunes de Lima, de 36 anos, são os homens apontados pela polícia como autores do crime. Os dois invadiram a casa da idosa, usando um pé de cabra para arrombar a porta. Porém, Catarina teria se assustado e, ao tentar gritar por socorro, foi “covardemente” imobilizada, segundo o delegado.

“Um dos autores foi responsável por conter a vítima e o outro a amarrou. Os laudos da perícia mostram que ela tentou reagir, lutar para pedir ajuda, mas eles eram mais fortes. Com a mão tampando a boca e o nariz da vítima, ela acabou morrendo sufocada”, afirmou Bradalise.
Os criminosos são investigados por outros roubos e furtos ocorridos nos últimos meses na Capital. Thalis tem várias passagens por receptação e Cezar, conhecido como “Monstrão”, destacava-se pelo tamanho e força. Um homem de 1,90 de altura que, conforme a polícia, usava anabolizantes e havia sido condenado por homicídio, além de outros crimes. Foi ele que sufocou a vítima.
Para a Derf, a invasão da casa da artista plástica foi premeditada. A dupla observou a rotina dos moradores e acreditava que eles possuíssem um cofre e joias. “Apesar de ser uma casa grande em uma área nobre, as vítimas eram pessoas simples que não ostentavam joias, objetos de grande valor e o cofre que não existe na residência”, explicou o delegado titular da Derf, Reginaldo Salomão.
“Foi uma investigação difícil. Nós esgotamos todos os recursos possíveis. Desde o ocorrido, equipes trabalhavam de 18 a 20h, diariamente, para solucionar esse caso que chocou a sociedade”.

Prisão e morte – O primeiro a ser localizado pela polícia foi Thalis Ambrósio Pereira, de 30 anos, na última quinta-feira (13), no Bairro Nova Lima. Ele estava com o carro modelo Gol, de cor clara, que foi usado para ir até a casa de Catarina. Na ocasião, o motorista foi preso em flagrante com várias porções de cocaína no veículo.
No dia seguinte, os investigadores da Derf foram até um pensionato na Rua Ouro Branco, no Bairro Jóquei Clube, em busca de Cezar Antunes de Lima, de 36 anos. “Velho conhecido da polícia”, ele cumpria pena em regime semiaberto e foi condenado foi homicídio e roubos anteriores.
No momento da prisão, na manhã de sexta-feira (14), ele reagiu e atirou contra os policiais que revidaram. “Monstrão” foi baleado e morreu no quarto da pensão.

Latrocínio - A artista plástica Catarina Marquesi Moreira, 72 anos, foi encontrada sem vida, amordaçada e com as mãos amarradas, na manhã de terça-feira, 4 de maio, na casa dela, no bairro São Francisco.
A suspeita inicial, era de que os autores haviam roubado alguns quadros da artista. Porém, as pinturas foram apenas mexidas, dando a entender que os bandidos procuravam por um cofre nas paredes da casa da vítima e nada foi levado.

Os autores entraram pelo prédio vizinho a residência, pulando o muro, arrombaram a porta com o pé de cabra, quando foram surpreendidos pela vítima.
Quem encontrou a artista plástica agonizando foi o marido dela, um idoso de 74 anos. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ir até a casa, só que a vítima já estava sem vida.
O marido de Catarina permaneceu dormindo no andar de cima da residência, durante toda a noite, conforme apuração da Derf. O motivo do idoso não ter acordado com o barulho é um problema de audição que faz com que ele necessite de aparelho para ouvir. Vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ele também possui dificuldades motoras.
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