Polícia
Acusado de torturar e matar Francielle no Caiobá vai a júri nesta segunda-feira
Adailton manteve a esposa em cárcere privado por 28 dias e a submetia a sessões de tortura
Segunda-feira, 21 Novembro de 2022 - 08:31 | Victória de Oliveira

Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, acusado de torturar e matar a companheira Francielle Guimarães, de 36 anos de idade, encara nesta segunda-feira o júri popular pelo caso, quase onze meses após o crime. O réu é acusado de manter a companheira em cárcere privado por 28 dias em residência na rua Cachoeira do Campo, no bairro Portal Caiobá, em Campo Grande (MS), e submetê-la a diversas sessões de tortura, inclusive, na frente do filho.
A vítima não possuía aparelho celular, para não ter contato com os familiares. As primeiras informações da morte partiram do filho, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em 25 de janeiro de 2022 e relatou que a mãe teria tomado remédios antes de morrer. Após perícia técnica, foi constatado sinais de tortura no corpo da vítima. Francielle estava sem pele nas nádegas, ocasionado por choque elétrico, sangramento na região torácica, ferimentos na região cervical com edema periorbital e hematomas na região abdominal.
Vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que Adailton Freixeira deixa a residência após matar a mulher. Ele fugiu em uma motocicleta Honda CB 300 de cor preta. No dia 31 do mesmo mês, foi preso pela Polícia Civil na rodoviária de Cuiabá (MS), a cerca de 740 quilômetros da casa onde torturou e matou a companheira.
O caso foi repassado para 6ª Delegacia de Polícia Civil e encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Segundo o delegado da 6DP, Camilo Kettenhuber, a motivação do crime seria uma suposta traição. Francielle teria confessado a traição e o autor teria ficado inconformado e, começou a agressões com a vítima.
Em abril, durante a primeira audiência de instrução, interrogatório e julgamento, familiares da vítima prestaram depoimento. Ao todo, foram ouvidas nove testemunhas que relataram que Francielle era torturada e espancada por pedaço de madeira dentro do quarto do imóvel onde morava. Uma das irmãs da vítima, Gracieli Guimarães de Alcântara contou que durante as sessões de tortura, Adailton introduzia uma faca no órgão genital de Francielle e a girava e, que com a faca riscada as costas da mesma.
O caso é tratado como feminicídio, violência doméstica e familiar tortura, se resulta em morte, sequestro e cárcere privado, se resulta a vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza de detenção, grave sofrimento físico ou moral.
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