Polícia
Acusado de estuprar e matar 'Estrelinha' é condenado a 34 anos em regime fechado
Isadora Araújo Martins foi encontrada caída no chão da cozinha com a parte de baixo da roupa levantada em 2022 na Capital
Quarta-feira, 28 Agosto de 2024 - 15:33 | Marina Romualdo

Maikon Araújo Pereira, de 32 anos, foi julgado nesta quarta-feira (28) e condenado a 34 anos e 6 meses de reclusão por estuprar e espancar até a morte, a Isadora Araújo Martins, que era chamada de 'Estrelinha', de apenas 11 anos, no dia 11 de dezembro de 2022 no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. Ele e a mãe da vítima foram a júri popular.
Durante o julgamento, Inezita Ramos de Oliveira Araújo, 40 anos, disse para todos no tribunal que perder a filha foi a pior que coisa que aconteceu em sua vida. De acordo com ela, ela perdeu tudo após a morte da 'Estrelinha' e atualmente, está presa no presídio da cidade de São Gabriel do Oeste. Além disso, pediu liberdade e uma nova chance para recomeçar.
Já durante o depoimento, Maikon preferiu ficar em silêncio e não respondeu nenhuma pergunta feita pelo defensor público, Rodrigo Stochiero. Diante disso, o Conselho de Sentença decidiu e o condenou pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima e por estupro de vulnerável com a pena de 34 anos e 6 meses de reclusão.
Desta maneira, vale destacar que os crimes são hediondos e o suspeito vai cumprir pena em regime fechado. Além disso, foi fixada uma indenização mínima à vítima a título de dano moral no valor de R$ 15.000,00, a serem corrigidos monetariamente desde a data desta decisão, e com juros de mora de 1% ao mês, contados da data do crime. Já em relação à mãe da pequena, que estava sendo julgada pelo crime de abandono de incapaz, o Conselho de Sentença decidiu e absolveu Inezita das acusações.

Relembre o caso – Maikon Araújo Pereira foi preso em flagrante no dia 12 de dezembro de 2022 pela morte de 'Estrelinha' pela equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
Na data, a vítima foi encontrada caída no chão da cozinha com a parte de baixo da roupa levantada, com sangramento na parte vaginal e com vários ferimentos no rosto. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados por volta de 00h.
Durante o depoimento, um vizinho relatou que escutou quando um homem apareceu na casa e perguntou da mãe da criança. A menina respondeu que a mulher não estava, porém, o suspeito disse que precisava entregar um dinheiro para a mãe da pequena. Em seguida, o vizinho foi até o banheiro e quando saiu escutou apenas um dos bebês chorando. Neste momento, ele contou que foi ver o que estava acontecendo, quando percebeu um homem saindo do imóvel.
Em diligências, os policiais localizaram o suspeito no trabalho no bairro Coophasul. O delegado da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Roberto Carlos Morgado Pires, disse durante a coletiva de imprensa que o autor tinha marcado um programa sexual com a mãe da vítima.

"Ao chegar na residência, encontrou o portão trancado e como já conhecia a residência, sabia que a porta do fundo ficava aberta. Quando entrou, não encontrou a mulher e quando a menina o viu, começou a gritar e, como ele ficou desesperado, desferiu um soco no rosto da vítima e a estuprou. Porém, a versão do estupro ele não sabe o que aconteceu e afirma que não houve penetração e, sim, usou as mãos", comentou o delegado.
Além disso, a vítima fatal estava acompanhada outros dois irmãos de 3 anos e de um bebê. A criança de 3 anos, presenciou o crime e passou por atendimento psicossocial da DEPCA. Após o abuso sexual, o autor deixou o local e foi para casa.
Câmeras de segurança próxima da região mostram o agressor correndo pelo bairro. Ele alega que chegou na sua casa, lavou a roupa usada no crime e foi dormir. Nesta segunda-feira (12), acordou e foi trabalhar normalmente.
Ainda de acordo com o delegado, a perícia informou que a morte da menina foi devido a traumatismo craniano. O suspeito irá responder por homicídio qualificado por meio cruel e estupro de vulnerável.
Passagens pela polícia – Maikon Araújo Pereira possui passagens pela polícia por roubo, violência doméstica e maus-tratos.

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