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Plantão Saúde

Anvisa autoriza Pfizer para crianças e adolescentes de 12 a 15 anos

Imunizante que foi o primeiro a ter autorização no Brasil já estava liberado para uso a partir de 16 anos

Sexta-feira, 11 Junho de 2021 - 07:41 | Redação


Anvisa autoriza Pfizer para crianças e adolescentes de 12 a 15 anos
(Foto: Luciano Muta/Arquivo/ Diário Digital)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta sexta-feira (11), o uso da vacina anticovid da Pfizer para crianças e adolescente de 12 a 15 anos. Anteriormente, o  imunizante podia ser aplicado em pessoas acima dos 16 anos. 

A bula da Pfizer passará a indicar a nova faixa etária para o Brasil. A vacina é a única no país que pode ser aplicada em crianças e adolescentes. A Anvisa seguiu os órgãos reguladores de medicamentos dos Estados Unidos e Europa, onde o imunizante já pode ser aplicado nessa faixa etária. 

De acordo com o comunicado da agência, a ampliação foi aprovada após análise de estudos feitos fora do Brasil que indicaram a segurança e eficácia da vacina também para pessoas acima de 12 anos.  A farmacêutica está em fase de testes clínicos para crianças de 6 meses a 11 anos. O estudo está sendo feito nos Estados Unidos e Europa. 

A vacina apresenta mais de 95% de proteção contra infecção, internação e morte pela covid-19, de acordo com um estudo publicado no início de maio pela revista The Lancet. A pesquisa foi feita com base em dados da campanha de vacinação de Israel. Após a primeira dose, o risco é reduzido em 51%, segundo estudo publicado no Jama (Journal of the American Medical Association).

Outro estudo, publicado em 4 de julho também na Lancet, apontou que a eficácia da primeira dose da vacina aé menor nas variantes descobertas na Inglaterra (chamada de Alfa), Índia (chamada de Delta) e África do Sul (chamada de Beta) do que contra a cepa original. A pesquisa foi realizada pelo centro de pesquisa biomédica de Londres, Francis Crick Institute.

A vacina da Pfizer é considerada inovadora, feita a partir de RNA mensageiro, não utilizando nenhum tipo de vírus, seja atenuado ou inativado. Nessa tecnologia, o RNA instrui o organismo a produzir um pedaço da proteína de pico do SARS-CoV-2, e é contra esses pedaços (inofensivos) do coronavírus que o sistema de defesa atua e produz anticorpos.

O Brasil já recebeu 8,3 milhões de doses da vacina da Pfizer contratadas pelo governo federal.

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