Geral
Quatro passos para transformar o 13º em trampolim financeiro para 2026
Com planejamento e consciência, benefício pode impulsionar metas e garantir estabilidade no novo ano
Domingo, 09 Novembro de 2025 - 11:15 | Sandra Salvatierre

O fim do ano marca a chegada do tradicional 13º salário, um alívio esperado por milhões de trabalhadores brasileiros. No entanto, em um cenário econômico que exige cada vez mais organização e prudência, o desafio está em transformar esse recurso em um aliado estratégico da estabilidade financeira, e não em mais uma fonte de endividamento.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, é hora de mudar a forma como se encara o benefício. “O 13º salário foi criado como uma gratificação de fim de ano, e não como um respiro para quem passou o ano inteiro sem planejamento. Ele pode ser um divisor de águas para quem deseja iniciar 2026 com mais equilíbrio e metas claras.”
Domingos alerta que boa parte dos brasileiros ainda usa o valor para “tapar buracos financeiros”, perpetuando um ciclo de endividamento. “Se você está endividado, pode até usar o 13º para renegociar dívidas, mas faça isso com estratégia. O ideal é que esse dinheiro sirva para planejar o futuro, e não para apagar incêndios do passado.”
Por que o 13º é mais importante do que parece
Além de aliviar as contas de fim de ano, o 13º salário oferece uma oportunidade valiosa para reorganizar o orçamento e se preparar para as despesas típicas do início do ano, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. Sem planejamento, o valor extra pode desaparecer rapidamente e gerar novas dívidas logo nos primeiros meses de 2025.
Para evitar esse cenário, Domingos recomenda seguir os quatro pilares da Metodologia DSOP — Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar; como guia para o uso consciente dos recursos.
1. Diagnosticar a realidade financeira
Antes de decidir o destino do dinheiro, é essencial conhecer a própria situação. Liste todas as receitas (salário, 13º, férias) e despesas (fixas, variáveis e sazonais). Avalie o nível de endividamento e identifique desequilíbrios. Esse diagnóstico inicial é o ponto de partida para decisões mais seguras e assertivas.
2. Sonhar e mapear prioridades
Definir objetivos dá propósito ao dinheiro. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo, de quitar dívidas imediatas a realizar sonhos como uma viagem, curso ou a compra de um bem. “Sem sonhos, o dinheiro perde o sentido. O 13º pode ser o primeiro passo para concretizar algo realmente importante”, afirma Domingos.
3. Orçar o uso do 13º com estratégia
O orçamento é o mapa que orienta as decisões financeiras.
Se está endividado: use o 13º para negociar débitos e reduzir juros, fechando acordos compatíveis com o orçamento.
Se vai gastar no fim de ano: planeje cada despesa, presentes, ceia, viagens e evite parcelamentos que comprometam o início de 2026.
Se está com as contas em dia: aproveite para reforçar a reserva financeira e investir em metas futuras.
4. Poupar e investir: o grande passo
Guardar parte do 13º é a atitude mais inteligente para quem deseja segurança financeira. Mesmo pequenas quantias, aplicadas de forma disciplinada, podem gerar bons resultados. “Quem não tem dívidas, mas também não poupa, vive em risco. O 13º é a chance de começar a formar uma reserva e garantir o futuro”, reforça Domingos.
O consumo consciente faz diferença
O fim de ano desperta o desejo de comprar e presentear, mas o consumo por impulso pode anular o benefício do 13º. Priorize o que traz valor real e cabe no orçamento. “O equilíbrio financeiro não está em ganhar mais, e sim em gastar de forma inteligente”, observa o especialista.
Após o uso do benefício, o ideal é reavaliar o próprio comportamento financeiro: o que funcionou? O que precisa melhorar em 2026? Envolver a família nesse processo ajuda a transformar o planejamento em um hábito coletivo. Registrar receitas e despesas, discutir metas e revisar sonhos são atitudes simples que constroem um futuro mais estável. Mais do que um dinheiro extra, o 13º salário é, nas palavras de Reinaldo Domingos, “uma ferramenta de transformação”. Com disciplina, consciência e propósito, ele pode marcar o ponto de virada para quem deseja começar o novo ano com menos dívidas e mais conquistas.
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