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Projeto Recomeçar oferece cirurgias reparadoras a vítimas de violência
Iniciativa do TJMS visa restaurar a autoestima e aliviar as cicatrizes físicas e emocionais, com apoio de cirurgiões plásticos voluntários
Terça-feira, 28 Janeiro de 2025 - 08:50 | Redação

Lançado em setembro de 2024, o Projeto Recomeçar, promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), oferece às mulheres vítimas de violência doméstica a oportunidade de realizar cirurgias plásticas reparadoras, visando fortalecer a autoestima e minimizar as cicatrizes físicas e emocionais decorrentes das agressões. As primeiras seis participantes do programa, que passaram por exames e avaliação de um cirurgião plástico voluntário nesta quinta-feira (23), iniciarão as cirurgias a partir de março.
Entre as participantes, Beatriz Ramos* (nome fictício), de 42 anos, compartilhou sua emoção ao receber a notícia de que seria contemplada com a cirurgia reparadora. Beatriz foi atingida por um tiro do ex-companheiro há dois anos, o que resultou na perda de movimento do braço esquerdo e, consequentemente, na aposentadoria por invalidez. A cicatriz, que ainda lhe causa dor física e emocional, será corrigida pela cirurgia, contribuindo para sua recuperação e autoestima.
"Graças a Deus eu sobrevivi, mas perdi o movimento do braço esquerdo e não posso mais trabalhar. A cicatriz é grande, e só uso roupas que escondem. Fiquei muito feliz quando me ligaram para perguntar se eu tinha interesse de fazer uma cirurgia plástica reparadora. É claro que aceitei. Vai ajudar a recuperar e a fortalecer minha autoestima", declarou Beatriz.
O Projeto Recomeçar é uma iniciativa da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, sob a presidência do desembargador Sérgio Fernandes Martins, em parceria com a Fundação IDEAH/SBCP. Além de mulheres adultas, o projeto também contempla crianças e adolescentes vítimas de violência.
A desembargadora Jaceguara Dantas, coordenadora da mulher, destacou que o projeto visa proporcionar não apenas a recuperação física, mas também aliviar o sofrimento emocional e psicológico das vítimas, que frequentemente enfrentam sentimentos de vergonha e exposição social devido às cicatrizes visíveis. "O objetivo é minimizar marcas e dores físicas, ajudando a restaurar a autoestima e reduzir a dor emocional", afirmou.
A primeira etapa do projeto identificou 14 vítimas de violência doméstica que apresentaram lesões físicas evidentes. Dessas, seis foram indicadas para cirurgias reparadoras. As vítimas vêm de diversos municípios, incluindo Aquidauana, Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Jardim, Maracaju e Mundo Novo.
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