• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

Presença dos pais é fundamental para resultado do ensino à distância

Terça-feira, 14 Abril de 2020 - 15:53 | Redação


Como anda a rotina escolar durante a pandemia de Coronavírus? O distanciamento social tornou-se necessário e as instituições educacionais suspenderam as aulas presenciais em todos os níveis, da educação infantil até o ensino superior. Para atravessar esse período com o menor prejuízo pedagógico possível, as escolas públicas e particulares investem nos formatos digitais. A previsão é que as escolas sejam reabertas somente em maio.

No caso da Rede Municipal de Ensino (Reme), que soma 108 mil alunos, foram disponibilizados cadernos com atividades curriculares do grupo 4º ao 9º ano, além dos cadernos de experiências, direcionados aos alunos do berçário ao grupo 3 e também aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). As atividades podem ser acessadas através do link da Secretaria Municipal de Educação (Semed). De acordo com o superintendente de políticas educacionais da Semed, Waldir Leonel, que participou ao vivo nesta terça-feira (14) do programa Balanço Geral, “foi preciso a educação se reinventar dentro de uma nova realidade”.

Segundo o superintendente, a Reme está apostando no ensino remoto com duas estratégias: a virtual e a impressa. Por meio do site da secretaria (http://www.campogrande.ms.gov.br/semed/atividades-curriculares-domiciliares/) são disponibilizadas as atividades para o aluno que deve ter o acompanhamento da família. Caso não tenha acesso à Internet, os pais ou responsáveis devem ligar na escola que aluno frequenta e agendar um horário para pegar o caderno impresso. Essas tarefas são contadas como presença do estudante. Quanto às crianças do berçário ao grupo 3, não há obrigatoriedade de entrega, já que elas têm como objetivo promover a interação entre os pais e os filhos

“É importante lembrar que não se trata de férias forçadas e precisamos encontrar um jeito de ter a menor perda possível e, por isso, a o mais importante nesse momento é a participação dos pais”, enfatiza o superintendente. Ele ressalta que cada escola tem encontrado também uma estratégia para que a aplicação das disciplinas não seja tão prejudicada. “Muitas escolas estão criando formas de estudos e para que os professores possam interagir com os alunos como blogs, Facebook, grupos no WhastApp”.

Na rede particular de ensino cada colégio tem sua estratégia. Na escola Paulo Freire foi criada uma plataforma em que os professores disponibilizam os vídeos com as aulas. Há conteúdo para a educação infantil até o ensino médio. As disciplinas também são disponibilizadas em transmissão ao vivo pelas redes sociais. “Especialmente no ensino médio, as lives estão sendo uma ferramenta bastante utilizada”, afirma a coordenadora de ensino médio da escola,  Maria Luzia Dutra. Ela classifica o momento como de grande desafio para a educação sendo necessário criar novas metodologias de ensino. “Mas a experiência tem sido positiva e os pais e responsáveis tem acompanhado essa nova realidade dos alunos”, avalia. Dentro dessa plataforma criada, o professor também pode postar atividades complementares.

Para o gestor de políticas educacionais da Semed, ainda não é possível mensurar o que haverá de perdas e o que efetivamente este cenário vai afetar o aprendizado. “Quando esse período de suspensão terminar e voltarem as aulas presenciais é que teremos dimensão”, avalia Waldir Leonel. “Nós ainda não temos parâmetro, mas vai acontecer uma defasagem e algumas crianças poderão ter mais dificuldade que outras, mas vamos criar com cada escola uma forma para recuperar esse aprendizado”, avalia.

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