Geral
População em situação de rua é mapeada em Três Lagoas
Iniciativa busca coletar dados sobre naturalidade, escolaridade, cor, raça, uso de substâncias e outras
Sábado, 17 Maio de 2025 - 13:39 | Redação

A Prefeitura de Três Lagoas (MS) iniciou neste mês, o Censo da População em Situação de Rua com o objetivo de traçar um diagnóstico preciso e atualizado. A ação é resultado de uma articulação do prefeito Dr. Cassiano Maia junto às secretarias municipais e Saúde (SMS) e Assistência Social (SMAS) e segue até o dia 19 de maio.
O levantamento está sendo realizado pelas equipes do Consultório na Rua, Abordagem Social e Centro POP nos períodos da manhã e tarde. A iniciativa busca coletar dados sobre naturalidade (se são residentes locais ou vindos de outras cidades), escolaridade, cor, raça, gênero, uso de substâncias químicas, histórico de internações em casas de recuperação e interesse em tratamento. A participação no censo é voluntária e envolve a coleta de assinaturas.
Além das informações sociais e de saúde, o censo está mapeando os pontos estratégicos da cidade onde há maior concentração dessa população, como as praças Ramez Tebet e Alvorada, a Lagoa Maior, entre outros locais conhecidos pelas equipes de atendimento. Esse mapeamento permitirá definir ações mais eficazes, de curto, médio e longo prazo, para o atendimento a esse público.
“Vamos ter um panorama real, não apenas numérico, mas também do perfil epidemiológico dessas pessoas, o que é fundamental para ofertarmos as políticas públicas adequadas, tanto na área da saúde quanto na assistência social”, explicou Andreia Lima, coordenadora do Consultório na Rua. Ela destaca que o censo também se volta às pessoas que, mesmo não vivendo permanentemente nas ruas, utilizam esses espaços para consumo de drogas, por estarem igualmente em situação de vulnerabilidade.
A coordenadora ressalta ainda a iniciativa e sensibilidade do prefeito Cassiano Maia diante da situação: “A principal motivação do prefeito é entender essa realidade para agir de forma efetiva e humanizada. Três Lagoas é um polo econômico regional e isso atrai muitas pessoas. A maioria da população em situação de rua vem de outras cidades, e o prefeito está empenhado em oferecer acolhimento, tratamento para quem deseja sair da dependência química e oportunidades de reinserção social e no mercado de trabalho.”
Após a conclusão do censo, no dia 19 de maio, os dados coletados serão apresentados ao prefeito, à vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Vera Helena Arsioli, e a todas as equipes envolvidas da SMS e SMAS, em reunião já marcada para o dia 23 de maio. A partir dessa análise, serão definidas novas estratégias de atendimento e políticas públicas voltadas a essa população.
Histórias reais das ruas - O levantamento já revela histórias de vida que mostram a complexidade da realidade das ruas três-lagoense. L.A.S., 32 anos, frequenta o Centro POP para alimentação e higiene. “Não tenho mais casa, morava com a minha mãe, mas ela foi embora. Vivo em uma casa abandonada. Agora voltei e quero tentar uma vaga no Acolhimento POP. Minha meta é arrumar um trabalho e alugar uma casa”, contou ele, que já trabalhou como auxiliar de produção.
Outro caso é de Y.B., de 62 anos, natural de Sumaré (SP), que após perder o emprego em Água Clara, veio parar em Três Lagoas e vive nas ruas há cerca de seis meses. Usuário de crack e álcool, sem familiares e abalado pela perda da esposa, encontra-se em profunda vulnerabilidade.
Rede de apoio em Três Lagoas - A cidade conta com dois equipamentos públicos voltados a essa população:
•Centro POP: oferece diariamente alimentação, higiene pessoal, lavanderia e suporte social. Não funciona como local de pernoite.
•Acolhimento POP: além dos mesmos serviços, permite estadia temporária para pessoas em situação de rua que desejam ser acolhidas
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