Geral
Pesquisa aponta que 79% dos brasileiros preveem que renda
Quarta-feira, 22 Abril de 2020 - 19:00 | Redação
A pandemia causada pelo novo coronavírus foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 11 de março. No Brasil, o número de casos está crescendo exponencialmente em abril e os meses mais difíceis devem ser maio e junho, segundo a previsão de especialistas.
Neste cenário, muitos brasileiros já estão com seus recursos afetados. No dia 8 de abril, uma pesquisa realizada pelo Data Folha mostrou quais são as expectativas econômicas dos brasileiros em relação à pandemia. A margem de erro do estudo é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Confira a comparação dos dados com as repostas obtidas em 20 de março:
Acreditam que a pandemia iria prejudicar a Economia do país por muito tempo: em 20 de março, eram 50%, em 8 de abril, 56%;
Acreditam que a Economia seria prejudicada por pouco tempo: em março, 44%, a porcentagem agora é de 36;
Economia não seria prejudicada: em março, eram 3%, em abril, subiu para 5%;
Brasileiros que não sabiam avaliar o impacto na Economia: eram 4%, em abril, diminuíram para 3%;
Previam um impacto na vida financeira por muito tempo: em março, eram 28%, em abril, subiu para 37%;
Previam um impacto na vida financeira por pouco tempo: em março, eram 45%, mas o número caiu para 41%,
Brasileiros que avaliavam que a pandemia não traria impacto na vida financeira: em março, eram 24%, em abril, foram 19%.
Quando o assunto é a Economia, fica claro a posição dos brasileiros: o número daqueles que achavam que o impacto seria grande aumentou. Enquanto isso, proporcionalmente, aqueles que acreditavam que não duraria por muito tempo diminuiu.
Outro ponto é a percepção da vida financeira pessoal de cada um. Depois de mais de um mês da declaração da pandemia, os brasileiros perceberam que haverá impacto e ele pode ser prolongado. Nesse sentido, alguns dados obtidos pelo Data Folha merecem atenção:
Colaboradores que poderiam trabalhar de casa durante a pandemia: em março, eram 46%, em abril, a porcentagem caiu para 33%.
Funcionários que não poderiam trabalhar de casa: em março, eram 54%, mas o número subiu para 67%.
Brasileiros que disseram que a renda iria diminuir por causa da pandemia: em março, eram 57%, mas, em abril, o número subiu para 69%.
Brasileiros que afirmaram que a renda não iria cair: em março, eram 43%, agora, são 30%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 3 de abril e o Data Folha ouviu 1.511 brasileiros pelo telefone.
Medidas do governo
Para evitar o crescimento do número de desempregados no país e as demissões em massa nas empresas, o governo federal anunciou algumas medidas. O objetivo é ajudar tanto o empregador, que está com as operações paradas, quanto o funcionário.
Para isso, as regras trabalhistas foram simplificadas devido ao estado de emergência. Será possível que as partes interessadas façam acordos individuais ou coletivos, respeitando os limites previstos na Constituição. Veja as alterações temporárias:
Home office ou teletrabalho: empresa pode determinar a transferência por trabalho remoto; o prazo de notificação é de 48h. Detalhes relacionados com a infraestrutura necessária para o trabalho devem constar no contrato individual;
Antecipação de férias: pode ser acordado com o trabalhador e a notificação também é de 48h. Nos casos em que o colaborador não tiver os 12 meses de empresa, pode-se conceder férias proporcionais ao período trabalhado;
Férias coletivas: seguindo a notificação com 48h de antecedência, também é possível antecipar o período de férias coletivas. Não é necessário notificar os sindicatos ou o Ministério da Economia;
Banco de horas: será possível torná-lo mais dinâmico para que o trabalhador fique em casa. Os dias não trabalhados podem ficar no banco de horas e serem utilizados futuramente, em favor da empresa,
Antecipação de feriados: as datas que não são religiosas podem ser antecipadas para que o trabalhador fique em casa.
Redução de jornada e salário
Além das opções citadas, o governo publicou uma medida provisória (MP) permitindo a redução de jornada de trabalho e salário em até 70%. São três faixas de redução 25%, 50% ou 70%.
Na prática, funciona da seguinte forma: quem tem o salário reduzido em 50%, por exemplo, recebe conjuntamente uma parcela de 50% do que seria o seguro desemprego caso fosse demitido. E a fórmula se aplica às outras porcentagens.
Além das reduções, a MP permite a suspensão do contrato de trabalho, garantindo 100% da parcela do seguro-desemprego. Mas há exceção para os funcionários de empresas com receita bruta maior que 4,8 milhões de reais. Quem se encaixa na categoria terá 30% do salário e 70% da parcela do seguro-desemprego.
Para garantir maior estabilidade aos trabalhadores, a MP também conta com uma garantia provisória proporcional ao tempo de suspensão ou redução. Quem for suspenso por dois meses, tem estabilidade de dois meses quando as atividades forem retomadas. Na prática, o trabalhador permanece estável por quatro meses.
Últimas Notícias
- Capitán Bado - 16:30 Polícia investiga morte de bebê de 8 meses por estrangulamento
- Acidente de Trânsito - 16:10 Trabalhador morre após ônibus com 40 passageiros cair de ponte na MS-436
- Investigação - 15:53 Polícia Civil procura por suspeito de homicídio qualificado em Naviraí
- Dourados - 15:32 Apreendida carga de R$ 10 milhões em celulares
- Operação "Controle" - 15:13 PF combate tráfico de medicamentos em MS
- Ponta Porã - 14:50 Foragido da Justiça é preso com drogas e armas de fogo em MS
- Bataguassu - 14:30 Mulher é presa em flagrante por associação ao tráfico envolvendo adolescentes
- Homicídio - 14:15 Suspeito de matar a tiros produtor rural é preso em Deodápolis
- Robôs de resgate - 13:51 Equipe do Sesi MS fica em 3º lugar em torneio regional de robótica nos EUA
- Operação "Argos" - 13:30 Polícia realiza operação contra tráfico de drogas no interior de MS