Geral
Pandemia de covid-19 diminui quantidade de transplantes no Brasil
Segunda-feira, 11 Maio de 2020 - 20:14 | Redação
Com 45.636 pessoas na lista de espera por transplantes de órgãos no país, a pandemia do novo coronavírus já tem reflexos para quem precisa receber um órgão saudável. Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia de covid-19, em março deste ano, os transplantes de rim, que representam 66.89% da lista, foram os que registraram maior queda. Este ano foram 477 - 33 a menos que no mesmo período do ano passado. Para transplantes de coração, o número de procedimentos realizados no mês de março caiu para 25 - em 2019 haviam sido 37.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), vários critérios estão sendo levados em consideração para adiar cirurgias desse tipo. Um deles é a condição dos pacientes. Os mais estáveis, que toleram aguardar a melhora da situação de pandemia, estão com cirurgias postergadas. Também tem contribuído para a diminuição de transplantes o medo dos pacientes de passar por procedimento cirúrgico neste período.
Outro fator importante é a cautela das equipes na avaliação de risco e benefício para cada paciente. Há, principalmente, risco de contaminação do paciente e dos médicos e colaboradores, o que pode levar a um desfecho desfavorável do procedimento cirúrgico pela possibilidade de internação prolongada.
“Deve ser observado que o sistema imunológico do paciente é bloqueado pelas medicações necessárias no transplante, impedindo que o corpo combata ativamente e eficazmente uma possível infeção. Outra condição desfavorável é a necessidade de visitas frequentes à unidade hospitalar após a realização do transplante”, esclarece nota do Ministério da Saúde.
Doadores infectados
No mês passado, Ministério da Saúde e Anvisa emitiram nota técnica direcionada aos estados e municípios em que consta a recomendação de não realizar transplantes de órgãos retirados de pessoas que morreram em decorrência de covid-19.
No caso de transplantes de órgão sólidos (fígado, rim, pâncreas, coração, pulmão, intestino), a nota traz recomendações de segurança para o procedimento. O protocolo cita cuidados que vão desde a triagem de doadores e receptores, uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), ao acompanhamento do paciente transplantado e, principalmente, a medicação imunossupressora a ser usada.
“As pessoas que contraíram a doença e tenham necessidade de um transplante deverão entrar na lista após avaliação médica. É importante lembrar que para ser elegível a uma doação, o paciente deve preencher uma série de requisitos (marcadores de saúde positivos) para ser colocado na lista de espera por um transplante. O processo de transplante segue protocolos rígidos e todas as pessoas que são candidatas a uma doação deverão atender aos mesmos", afirma nota do MS.
O documento contraindica captação de órgãos em doadores diagnosticados com covid-19 ou doadores diagnosticados com síndrome respiratória aguda grave (Sars).
Veja Também
Um levantamento feito para o relatório semestral Global de Tendências de Fraude Omnichannel da TransUnion mostrou que 40% dos brasileiros já foram alvo de fr...
Últimas Notícias
- Alistamento obrigatório - 12:13 Prazo para alistamento militar termina no dia 30 de Junho
- Economia - 11:50 Terminais do BB passam a fornecer comprovantes por WhatsApp
- Crime contra idosos - 11:13 Câmara aumenta pena para crimes contra idosos; texto segue para sanção
- Condenação - 10:54 Moraes vota por condenar acusado de furtar bola autografada por Neymar
- Levantamento - 10:15 Quatro em cada 10 brasileiros já foram alvo de fraudes pela internet
- Cuidado e o Controle - 09:50 Câmara promove audiência pública para debater sobre saúde mental
- Educação - 09:14 Nota de corte da segunda fase do Revalida fica em 65,655 pontos
- Música - 08:55 Orquestra formada por jovens da periferia abre temporada no Glauce Rocha
- Ponta Porã - 08:10 Substâncias de uso controlado são apreendidas no aeroporto
- Meteorologia - 07:00 Frente fria avança em MS com chance de tempestades e queda de temperatura