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Operação prende família da fronteira que abastecia tráfico na Capital
Terça-feira, 17 Dezembro de 2019 - 16:57 | Redação
Foi um ano de investigação até a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), deflagrar na última sexta-feira (13) a Operação Didelphis e prender 14 pessoas. Entre elas, uma família de Corumbá (MS) suspeita de comandar uma organização criminosa ligada ao tráfico de cocaína na fronteira e a distribuição da droga em Campo Grande e outros estados.
O nome da operação faz referência ao homem apontado como chefe da quadrilha, Thiago da Silva Cuellar, de 31 anos, conhecido como “gambá”. Ele foi preso, junto com mais três pessoas da família, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão, no município de Corumbá, no dia 13 de dezembro. A esposa, Sirleia Pascoal da Silva, de 39 anos, e a mãe e a irmã de gambá, Dirce Avelino da Silva, de 60 anos e Tatiana Regina da Silva, de 39 anos estão entre os presos.
Segundo as investigações, Thiago era responsável por negociar a droga em Corumbá, organizar a logística de distribuição e agenciar pessoas para o trabalho.
A esposa Sirleia seria uma das gerentes da quadrilha. Era ela quem recebia o dinheiro do tráfico e aplicava em bens. A polícia identificou pelo menos três imóveis em Campo Grande adquiridos pelo casal com a venda de cocaína e pasta base de cocaína. Dirce e Tatiana prestavam apoio e revendiam a droga em Corumbá e na Capital.
A matriarca da família tem passagem por tráfico de drogas e tentou despistar a polícia no momento da prisão e desfazer das porções de droga que carregava.
Em Campo Grande, também foram presos durante a Operação Didelphis, Wagner Luís Carrera Caraffa, de 26 anos e Anderson Alves Spadini e Maikon Barbosa Carneiro, ambos de 32 anos. De acordo com o delegado titular da Denar, Gustavo Ferraris, “a droga era negociada na fronteira, onde adquiriam o entorpecente e faziam a remessa para a Capital. Aqui, Wagner e Anderson faziam a destinação para outros traficantes ou a venda em pequenas porções”.
Além de abastecer o tráfico em bairros da Capital, parte da droga era enviada para fora do estado, em São Paulo e Minas Gerais. Wagner e Anderson já estavam detidos no Sistema Prisional de Mato Grosso do Sul. Eles tinham sido presos este ano durante as investigações que desencadearam a operação.
Quem emprestava os veículos para que Anderson fizesse a distribuição da droga era Fábio Nilsons Ribeiro, de 35 anos, dono de uma oficina mecânica em Campo Grande. Ele teria usada carros de clientes, sem permissão, para o serviço.
O que chamou atenção foi a número de mulheres presas acusadas de integrarem a organização criminosa e de tráfico de drogas. Um total de oito suspeitas. A esposa de Wagner, Adriana dos Santos, de 39 anos, que já estava em prisão domiciliar. Assim como duas mulheres que traficavam a droga em uma casa na Vila Inhá Inhá, Geisiane Aparecida de Souza Carvalho, de 29 e Kamila Vicente de Moura, de 18 anos.
No Bairro Jardim Aeroporto, a polícia ainda prendeu Paula Ribeiro Maia, de 24 anos, que também já cumpria pena em prisão domiciliar por tráfico de drogas e a mãe dela Laura Adriana Ribeiro, de 41.
“Foram apreendidos 61,5 quilos de cocaína e pasta base de cocaína que seriam fracionados e revendidos para abastecer principalmente Campo Grande, o que daria cerca de 200 mil papelotes ou “paradinhas” e movimentaria de lucro aproximadamente 2 milhões de reais”, explicou o delegado adjunto da Denar, Hoffman D'Ávila.
Operação Didelphis – Deflagrada na sexta-feira (13) pela Denar, a operação contou com o trabalho de 48 policiais civis, sete PRFs (Policiais Rodoviário Federais) e dois PMs (Policiais Militares) em parceria com a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), GARRAS, Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, PRF e PM.
No total foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. Sendo que mais três pessoas foram presas em flagrante por tráfico de droga e associação para o tráfico. Os presos durante o cumprimento dos mandados vão responder ainda por organização criminosa.
Ao longo das investigações, somado as 14 pessoas presas no dia em que a operação foi deflagrada, foram 33 prisões.
Ainda foram apreendidos 16 veículos, quatro armas de fogo, R$ 7 mil e 61,5 quilos de cocaína e pasta base de cocaína.
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