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Na Capital 6,2 mil pessoas vivem com HIV/Aids: Maioria dos infectados são homens
Infectologista afirma que casos de sífilis seguem sem controle no Estado
Domingo, 10 Dezembro de 2023 - 07:50 | Thays Schneider e Keyla Santos
Dezembro é o mês de conscientização a população sobre as formas de transmissão do vírus HIV e do tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Temos hoje no Brasil 920.000 pessoas que vivem com o HIV.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de um milhão de pessoas vivem com o HIV hoje no Brasil. 64% dos infectados já sofreram algum tipo de discriminação, segundo pesquisa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS.
Atualmente, são 10.180 Pessoas Vivendo com HIV, diagnosticadas e vinculadas, em Mato Grosso do Sul, em Campo Grande esse número chega a 6,2 mil Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), conforme os dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). O médico infectologista do Hospital Universitário Alexandre Bertuci concedeu entrevista ao Jornal Diário Digital explicando como anda a situação da doença. " De 2012 a 2022 percebemos a diminuição nos casos de HIV/AIDS, porém a maioria dos novos casos são em homens com idade entre 20 e 29 anos. São aproximadamente 2,5 homem contra uma 1 mulher infectada, a maioria dos pacientes são do sexo masculino", disse.
Infectologista continua dizendo que 40% dos infectados descobre a doença em estado avançado. " É importante o teste de HIV anualmente, detectado algo de errado cedo as chances do tratamento evoluir para uma melhora é grande", concluiu.
Sífilis ainda é uma epidemia no Estado do Mato Grosso do Sul segundo o médico Alexandre Bertuci. " Não temos o controle da doença e mais umas vez os pacientes descobre a doença em estagio avançado', ressaltou. Vale lembrar que todas as Unidades de Saúde da Capital oferecem o teste rápido gratuito.
HIV/Aids
A Aids é a doença causada pela infecção do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Esse ataque enfraquece o organismo, o que o torna vulnerável a outras infecções. É comum que a pessoa apresente sintomas ou tenha sinais semelhantes a uma gripe comum, como febre, dor de cabeça, cansaço e inflamação na garganta.
Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente e, assim, preservar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos impedem que o vírus se multiplique dentro das células T-CD4+ e, desta forma, evitam que a imunidade caia e que a Aids apareça.
O SUS disponibiliza e distribui gratuitamente antirretrovirais, medicamentos utilizados para o tratamento, além de promover ações de prevenção como testagens rápidas, estímulo ao uso e distribuição gratuita de preservativos e gel lubrificante, disponibilização de outras profilaxias como a PEP e a PrEP. A pessoa que vive com HIV, que utiliza a medicação de forma correta e contínua, tem níveis de vírus circulante no sangue igual a zero, o que contribui para uma boa qualidade de vida.
Sinais e sintomas
Os sintomas do HIV variam dependendo da fase de infecção. Ainda que na maioria dos casos o maior potencial de doença seja alcançado nos primeiros meses, muitas vezes o indivíduo não sabe ser portador do vírus.
Nas primeiras semanas após a infecção, algumas pessoas podem não manifestar sintomas. Entretanto, outras apresentam sintomas de uma síndrome gripal, incluindo febre, dor de cabeça, erupção cutânea e dor de garganta.
Como a infecção enfraquece aos poucos o sistema imunológico, a pessoa pode desenvolver outros sinais e sintomas, tais como inchaço dos gânglios linfáticos, perda de peso, febre, diarreia e tosse.
Transmissão
O HIV pode ser transmitido pelo contato com diversos fluidos corporais de indivíduos infectados, como sangue, leite materno, sêmen e secreções vaginais.
Não é possível se infectar por meio de contatos cotidianos, como beijo, abraço, aperto de mãos ou compartilhamento de objetos pessoais, comida ou água.
Infectologista afirma que casos de sífilis seguem sem controle no Estado
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