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Médicos sobrecarregados, grávidas sendo atendida em corredores, Universitário enfrenta superlotação

Profissionais estão improvisando sala para parto e bebês estão ficando em sala acima da capacidade

Quinta-feira, 11 Abril de 2024 - 07:31 | Ian Netto


Médicos sobrecarregados, grávidas sendo atendida em corredores, Universitário enfrenta superlotação
Mães esperando por atendimento no corredor (Foto Luciano Muta)

Com corredores e salas lotadas, o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) sofre com superlotação, um dos motivos é o envio de pacientes além da capacidade que a ala da maternidade comporta. Nos corredores, é possível ver grávidas esperando em macas e cadeiras de fio por atendimento. De acordo com a atualização fornecida pelo hospital, todos os setores da maternidade estão operando no limite máximo de sua capacidade: seis recém-nascidos estão na área do Centro Obstétrico; há 12 pacientes em pré-parto, incluindo dois em leitos adicionais; e 35 pacientes ocupam a enfermaria da Maternidade, abrangendo tratamento clínico e cirúrgico, obstétrico e ginecológico, com cinco em leitos extras.

Universitário enfrenta superlotação
Pacientes esperando por atendimento médico (Foto Luciano Muta)

Cláudia Emília Lang, Gerente de Atenção à Saúde, relata que com a crise de superlotação, médicos e enfermeiros têm improvisado medidas para que as gestantes possam ser atendidas. “Os médicos estão todos sobrecarregados, improvisando de diversas formas para que todo mundo seja atendido. Partos de cesariana estamos realizando em outra ala de obstetrícia porque os leitos onde realizamos os partos estão lotados”, relatou a gerente.

Universitário enfrenta superlotação
Cláudia Emília Lang, Gerente de Atenção a Saúde (Foto Luciano Muta)

O problema de superlotação se estende a todos os setores da maternidade. A ala neonatal é outra que tem funcionado acima de sua capacidade para comportar os bebês recém-nascidos. "Na ala neonatal, foi preciso dar um jeito e colocar mais uma vaga, os bebês estão todos apertadinhos para comportar todo mundo", contou Cláudia. "Já enfrentamos crises parecidas, mas desde semana passada extrapolou, os corredores lotados, a ala neonatal e a intubação estão lotadas, é um perigo, principalmente deixar os bebês recém-nascidos no corredor, devido ao alto fluxo de gente pode acontecer de cair porque estão deitados em macas, cadeiras, fora o risco de contaminação", afirmou Cláudia.

É o que tem vivenciado Ana Laura Lopes, grávida do segundo filho, deu entrada no hospital durante a noite de terça-feira (09), mas precisou retornar para casa, pois não havia leito disponível. Ela relata que, por ser uma gravidez de risco, sente medo de caso entre em trabalho de parto não ter um leito. "É a minha segunda gravidez de risco, a primeira eu fiquei dois meses internada aqui em repouso absoluto, essa também é de risco. Fico com medo, me sinto insegura com toda essa situação, não tem para onde ir", contou Ana.

Universitário enfrenta superlotação
 Ana Laura Lopes, grávida do segundo filho (Foto Luciano Muta)

 Ela relata que, por ser uma gravidez de risco, sente medo de caso entre em trabalho de parto não ter um leito. "É a minha segunda gravidez de risco, a primeira eu fiquei dois meses internada aqui em repouso absoluto, essa também é de risco. Fico com medo, me sinto insegura com toda essa situação, não tem para onde ir", contou Ana.

A paciente relata que os médicos têm atuado com falta de medicamentos e aparelhagem, mas elogia o esforço feito pelos profissionais para cumprir com os atendimentos. "O atendimento é maravilhoso, eles atuam com o que têm, mesmo às vezes faltando até mesmo gazes", contou Ana.

"Precisamos chamar a atenção da saúde, fazer eles olharem para o hospital e ver a situação em que estamos, os médicos estão trabalhando com o que têm. Só quero ter meu filho em um lugar seguro e que ele venha com saúde", finalizou a paciente.

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