Mãe de santo é absolvida de acusação de assassinato

Depois de passar 1 ano e 4 meses presa na penitenciária feminina de Campo Grande a ré Ana Maria Calixto, ou Mãe Maria, de 56 anos de idade, foi absolvida de sua acusação por instigar e facilitar o homicídio de Hélio Teixeira da Costa, morto com 28 anos depois de uma confusão acontecida em centro de candomblé no dia 29 de janeiro de 2017. “Helinho”, como era conhecido, teve o pescoço cortado e o corpo desovado em um terreno baldio.

Mãe Maria teve o alvará de soltura expedido imediatamente após o término de seu julgamento que aconteceu nesta quinta-feira (17). Em depoimento a acusada negou ter mandado matar Hélio, ela ainda contou que não sabia da execução e que a vítima foi morta por tentar matá-la para ocupar seu lugar no terreiro.

Ana Maria Calixto foi absolvida sob a alegação de que não teve participação no homicídio, não estimulou o crime e nunca desejou a morte de Hélio, a absolvição aconteceu mesmo depois de depoimento oferecido via videoconferência por uma das testemunhas que afirmava ter visto Maria espancar a vítima até que ficasse desacordado, ainda dentro do terreiro.

O esposo Glebson José, de 34 anos, cunhado José Glebson, de 35 anos, Arislan Rios da Silva, de 40 anos e Lucas Rodrigues, de 18 anos, seguem aprisionados. Todos estão presos em situação de grau de recurso sem previsão para marcação de julgamento. Todos foram acusados de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa, na época do crime os envolvidos isentaram a mãe de santo da situação. O jovem Lucas chegou a confessar o crime e dizer que agiu em legítima defesa.

A confusão dentro da casa de umbanda teria se iniciado com uma briga de espíritos depois que Hélio, tomado por uma entidade chamada “Exu 7 facadas”, tentou matar Mãe Maria que por sua vez também estava incorporada e pediu para que os presentes “dessem um jeito” no homem quando estava desacordado. Hélio foi colocado dentro de um carro, espancado, morto e depois desovado em um terreno baldio.