• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Júri do PCC tem jurados confinados

Terça-feira, 11 Fevereiro de 2020 - 09:50 | Redação


O julgamento de cinco réus acusados de participar de “Tribunal de Crime” de facção criminosa deve durar dois dias. Por esse motivo o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, determinou o desmembramento da sessão que começa às 13 horas desta quarta-feira (12) e segue até o dia seguinte. Em virtude do grande número de réus, o julgamento será dividido para formação do corpo de jurados, leitura da denúncia e outros atos da instrução e, no dia seguinte, debates da defesa e acusação, votação e sentença. Os jurados vão pernoitar em hotel reservado pelo Tribunal de Justiça, permanecendo incomunicáveis.

O grupo é acusado de envolvimento no sequestro, morte e decapitação de John Hudson dos Santos Marques, o “John John”, tido como traidor do PCC (Primeiro Comando da Capital). Sete pessoas foram denunciadas pelo crime: Gabriel Rondon da Silva, 22 anos, “Biel” ou “BMW”, Maycon Ferreira dos Santos, 31 anos, o “De Menor”; Tiago Rodrigues de Souza, 37 anos, conhecido como “Neguinho”, “Botucatu” ou “Sawary”; Elionai Oliveira Emiliano, 28 anos, o “Nai” ou “Nay”; Leonardo Caio dos Santos Costa, 32 anos, “Apolo”; Wellington Felipe dos Santos Silva, 24 anos, o “Piranha” e Mackson Ferreira dos Santos, 29 anos, “Dentinho” ou “Bugue”.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 13 de fevereiro de 2018, “John John” foi sequestrado por Gabriel, Tiago, Wellington e Leonardo e levado para um barraco no bairro Mário Covas que pertencia a Mackson, irmão de Maycon.

A vítima era acusada de envolvimento com o CV (Comando Vermelho), crime em que a sentença recorrente é a morte. O grupo que sequestrou John Hudson tomou a decisão em “conferências” por telefone com lideranças do PCC.

Na noite de 14 de fevereiro, “John John” foi levado a estrada vicinal, na saída para Terenos, na BR-262. Foi morto com dois tiros na cabeça e, em seguida, decapitado. Tudo foi filmado por celular. Dois acusados, Wellington Felipe dos Santos Silvae Mackson Ferreira dos Santos já foram julgados no dia 11 de setembro de 2019.  Wellington foi condenado a 17 anos de prisão e Mackson foi absolvido em julgamento.

 

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