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Jovem de Campo Grande lança seu primeiro livro na estreia da Bienal Pantanal
Sobre o caminho até a publicação, Alan refletiu: 'Mais do que grandes acontecimentos, foram os instantes de silêncio que me moldaram como escritor"
Segunda-feira, 29 Setembro de 2025 - 11:30 | Sandra Salvatierre

Quem nunca se inspirou em um trecho de poesia ou romance, ou teve uma leitura que marcou sua vida. Foi assim que aconteceu com Alan Hallisan, 24 anos, natural de Campo Grande-MS. Motion Designer e autor, ele sempre encontrou tempo para escrever. Na primeira Bienal Pantanal, lançará sua primeira obra, Se Eu Pudesse Amar de Novo, que terá seu lançamento oficial no dia 10 de outubro.
Em entrevista ao jornal Diário Digital, Alan contou como descobriu que escrever era mais que um hobby. "Desde muito cedo percebi que a escrita não era apenas um passatempo, mas um abrigo. A poesia nasceu em mim como um desabafo, e cada verso que escrevia era um pedaço do que eu não sabia dizer em voz alta. Com o tempo, entendi que outras pessoas também poderiam se encontrar nessas palavras. Foi nesse momento que percebi: eu não queria apenas escrever, eu queria ser autor", afirmou.
Alan também refletiu sobre a cena cultural em Campo Grande. "A cidade me preocupa um pouco quando se fala em cultura, mas daqui vieram as primeiras memórias, as rodas culturais e encontros que despertaram em mim a necessidade de escrever. Campo Grande me ensinou a observar silêncios e a transformar rotinas em poesia. Carrego cada rua, cada noite de versos e cada lembrança como matéria-prima. Já tivemos uma cultura mais forte; espero que a Bienal nos devolva essa essência."
Sobre o caminho até a publicação, Alan explicou: "Mais do que grandes acontecimentos, foram instantes de silêncio que me moldaram como escritor: madrugadas em que a caneta pesava menos que o coração, lembranças pedindo para ser guardadas em papel, e o hábito de transformar dor em verso. Meu primeiro livro é a prova de que cada desabafo escrito desde menino se tornou parte de uma história maior, a minha."
Sobre o livro
Escrever é atravessar etapas, emoções e descobertas. Para Alan, seu primeiro livro de poesia é um convite. "Eu diria que é um convite a entrar nas minhas memórias e desabafos. Se Eu Pudesse Amar de Novo é feito de pedaços de mim transformados em poesia. Não é sobre respostas prontas, mas sobre sentimentos que se reconhecem no outro. Quem lê talvez se veja em cada página." Ele descreveu a origem do título: "Nasceu da vontade de traduzir um desejo universal: a chance de recomeçar. Ele carrega saudade, dor e esperança. É como uma pergunta que ecoa: se eu pudesse amar de novo, o que faria diferente? Ou talvez faria exatamente igual."

O autor compartilhou ainda suas inspirações e o processo criativo. Citou poetas como Bruno Fontes e disse se alimentar das músicas, versos das ruas e rodas culturais de Campo Grande. Sobre lançar sua obra na Bienal Pantanal, descreveu como um renascimento: "Estrear na Bienal é sentir que cada palavra escrita em silêncio agora encontra espaço para ser ouvida." Sobre o processo criativo, afirmou: "Cada poema nasceu de um desabafo, e vê-los reunidos em um livro foi como costurar fragmentos de uma história."
Hallisan finalizou com uma mensagem especial: "Espero que cada leitor termine com a sensação de que não está sozinho no que sente. Que o livro seja como um abraço silencioso, capaz de dizer: 'eu também passei por isso, e sobrevivi'. Mais do que respostas, quero que ele deixe ecos no coração de quem lê."
Autor Nacional
Para os admiradores da literatura, a Bienal Pantanal oferece um encontro único: Leandro Karnal, historiador, professor e escritor, referência nacional. Mais que um nome, Karnal é uma ponte entre passado e presente, capaz de transformar temas complexos em reflexões próximas da vida. Autor de obras como O Dilema do Porco-Espinho, Pecar e Perdoar e Todos Contra Todos, ele inspira diferentes públicos a compreender melhor o hoje. Encontrá-lo na Bienal será mais que conhecer um autor: será vivenciar ideias que despertam pensamento e emoção.
Música
Nascido em Campo Grande, Almir Sater é mais que músico — é poeta, violeiro e guardião da alma pantaneira. Sua viola de 10 cordas transforma acordes em memória e emoção, mesclando tradição sertaneja, blues, folk e música clássica. No sábado, dia 4, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, abre a Bienal Pantanal com um show ao lado da banda, trazendo clássicos e músicas dos álbuns mais recentes. Um momento para sentir a tradição, a cultura e a alma do Pantanal.
Evento
A Bienal Pantanal abre suas portas para uma imersão única: nove dias de programação gratuita, com mais de 70 atividades e 108 horas de conteúdo, celebrando arte, literatura e diversidade cultural. De segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos fins de semana, das 10h às 22h, o evento é um ponto de encontro de ideias e emoções. Realizada pelos institutos Ímole e Curumins, em parceria com o Ministério da Cultura e o Governo Federal, com apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, da Câmara dos Deputados e patrocínio da INPASA, a Bienal Pantanal é mais que um evento: é uma festa da cultura que pulsa no coração do Brasil.
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