Geral
Impacto do uso de celular por pedestres é tema de pesquisa da UFMS
Trabalho avalia as consequências da utilização desses aparelhos em situações distintas
Terça-feira, 07 Novembro de 2023 - 15:50 | Redação

Pesquisadores da UFMS desenvolvem um estudo que avalia os impactos do uso de celulares no equilíbrio de pedestres. O coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Saúde Integrada, Gustavo Christofoletti, explica que o trabalho avalia as consequências da utilização desses aparelhos em situações distintas. “O objetivo é ver o impacto do uso do celular sobre o equilíbrio estático e dinâmico das pessoas, tanto na atividade de digitação de mensagens quanto na conversação, paradas em pé ou durante caminhada. Nosso intuito é também alertar sobre o risco para o equilíbrio de fazer tarefas duplas”, relata.
A pesquisa tem cerca de 100 participantes, divididos em grupos para análise da caminhada com ou sem o celular, em ambiente controlado e em ruas públicas, com a presença de obstáculos, irregularidades de calçadas e outras situações reais. Os grupos são formados por voluntários de idades e condições físicas distintas. “A ideia é avaliar quais fatores estão mais vinculados ao desequilíbrio de dupla tarefa, se é o sexo, nível de escolaridade, idade, presença de doenças e afecções neurológicas, como a doença de Parkinson”, explica o professor.
Nos primeiros resultados já observados e divulgados em periódicos nacionais e internacionais, constatou-se que tanto jovens quanto idosos são impactados pelo uso do celular. No entanto, os idosos possuem maior risco devido às alterações naturais decorrentes do envelhecimento. Um artigo produzido a partir da pesquisa e publicado recentemente na revista Brain Science teve como foco o impacto da cognição na realização de atividades de dupla tarefa por grupos de maior idade.
Equipamentos de ponta para análise de movimentos são utilizados pelos pesquisadores durante os testes dos voluntários. Um dos equipamentos, o Baiobit, é de origem italiana e verifica a angulação e deslocamento, com análise da marcha por meio de sensores de movimentos. Parte da investigação também é feita com o Baroscan, que permite a análise da preensão plantar, a forma como ocorre a descarga do peso no pé de indivíduos parados ou andando, com ou sem o celular.
O trabalho desenvolvido envolve professores e alunos do mestrado e do doutorado da UFMS e Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Além disso, o projeto recebe apoio da Fundect e, mais recentemente, foi selecionada para recebimento de recursos na Chamada Universal do CNPq. “Esta é uma pesquisa nova em uma área muito promissora, que pode gerar muitos frutos. A gente sabe que está no caminho certo porque conseguimos apoio de fundações importantes, mas também pelo grupo de pesquisadores talentosos envolvidos no trabalho”, conclui o professor.
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