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Força-tarefa combate nova onda de incêndios no Pantanal
Quarta-feira, 22 Abril de 2020 - 17:49 | Redação
Uma nova onda de incêndios está sendo combatida no Pantanal. A operação teve início nesta quarta-feira, 22 de Abril. As equipes usam dois aviões Air Tractor do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Distrito Federal e o helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Os focos se concentram no Parque Nacional do Pantanal, entre Corumbá e Poconé (MT), e na região da Baia Vermelha, próxima à fronteira com a Bolívia.
Conforme o tenente-coronel Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), não há combustão espontânea. “O fogo surgiu próximo a acampamentos de pescadores profissionais, em áreas de roças na margem dos rios e também na limpeza de campos em fazendas”, informou. A ong coordena a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar e iniciou o combate às queimadas com apoio da Marinha, Ibama, Polícia Ambiental (PMA) e ICMbio.
Segundo dados divulgados pelo governo do Estado, somente em Abril o número de focos de queimadas em Corumbá é superior a três mil, volume recorde em onze anos, e as condições climáticas devem se manter com temperaturas elevadas. O forte calor e o baixo índice de chuvas no Pantanal este ano, com previsão de uma seca intensa, foram fatores predominantes para a ocorrência de novos focos em um período atípico. As causas, no entanto, apontam para crime ambiental.
Além das aeronaves, a força-tarefa criada pelo Governo do Estado mobiliza 37 bombeiros e brigadistas para a área, onde estima-se que pelo menos 100 mil hectares foram queimados desde o mês de março.
Os Air Tractor de Mato Grosso e do Distrito Federal, que contam com uma bolsa para 3.200 litros de água, decolaram às 9h30 do aeroporto internacional de Corumbá com destino a Fazenda Santa Tereza, onde foi montada a base operacional. Os focos detectados no Pantanal se concentram nesta propriedade, em um vale da morraria do Amolar, entre o Rio Paraguai e a fronteira com a Bolívia. O fogo no Parque Nacional do Pantanal já estaria perdendo força.
As dificuldades de acesso aos focos exigirão um esforço muito grande no combate ao fogo. “O problema é como chegar a água e o combustível para as aeronaves a uma distância de 150 km de Corumbá. Os aviões terão que retornar à cidade para abastecer duas vezes ao dia”, informou o tenente-coronel bombeiro Waldemir Moreira Junior, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros/MS.
O tenente-coronel disse que os Air Tractor deverão operar com capacidade limitada de água devido às dimensões das pistas de pouso. “Para carregar 3.200 litros necessitam decolar com 1.500 metros, mas as pistas não chegam a mil metros”, explicou. Dez bombeiros, das unidades de Jardim e Aquidauana, seguiram de barco para a Jatobazinho, de onde serão deslocados para a área dos focos pelo helicóptero da PM/MS, que chega na região à tarde.
A operação no Pantanal não tem data para conclusão e exige monitoramento constante para garantir a extinção dos focos. A existência de biomassa acumulada na região e a ação do homem são “combustíveis” para a propagação do fogo em grande intensidade.
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